Atlético-MG vira com Cuello e Hulk e constrói vantagem
Galo supera susto inicial e leva triunfo importante para a Argentina
O Atlético-MG confirmou na Arena MRV, diante de 23.247 torcedores, a capacidade de decidir mesmo em atuações irregulares. Na abertura das oitavas da Copa Sul-Americana, venceu o Godoy Cruz por 2 a 1, revertendo desvantagem construída ainda no primeiro tempo, quando Andino aproveitou falha de cobertura para marcar. Cuello e Hulk, já na segunda etapa, definiram o placar. Os números — 57% de posse e 81% de acerto nos passes — revelam controle territorial, mas não escondem a dificuldade de transformar volume em infiltrações efetivas até o intervalo.
Tecnicamente, a virada nasceu de ajustes de Cuca que deslocaram Reinier para receber entrelinhas e ativar o corredor esquerdo com Arana e Cuello. O argentino, até então discreto, explorou o espaço às costas da defesa e empatou. No lance derradeiro, Reinier encontrou Hulk com assistência de peito que expôs fragilidade de marcação adversária e consagrou a leitura de jogo do estreante. A alternância entre ataque posicional e transições rápidas funcionou melhor no segundo tempo, quando o Godoy recuou linhas e perdeu capacidade de pressão.
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O resultado oferece ao Galo uma margem confortável: empate no duelo de volta, em Mendoza, garante a classificação; derrota por um gol leva a disputa aos pênaltis. A vantagem, porém, exige administração lúcida, considerando o histórico de dificuldade de clubes brasileiros em estádios argentinos lotados e a maratona de agosto, que ainda inclui compromissos pelo Campeonato Brasileiro. A gestão física de atletas como Hulk e Arana será determinante para manter competitividade nas frentes simultâneas.
A vitória, embora meritória, expôs a recorrente oscilação do Atlético em jogos eliminatórios recentes: domínio territorial que nem sempre se traduz em vantagem cedo no placar. A reversão no segundo tempo indica virtude de adaptação, mas também reforça a necessidade de maior contundência desde o início. No mata-mata, começar atrás é sempre um risco desnecessário — e, como se diz na beira do campo baiano, "quem dá sopa, o azar leva de colher cheia".
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