Atlético vence Sport em jogo adiado e afasta fantasma do rebaixamento
Galo encerra sequência turbulenta, respira na tabela e agrava o drama do lanterna pernambucano
O Atlético Mineiro reencontrou o mínimo de serenidade em meio à tormenta que ameaçava transformar 2025 em pesadelo. No jogo adiado da 14ª rodada, o time mineiro venceu o Sport por 3 a 1 na Arena MRV, com gols de Vitor Hugo, Guilherme Arana e Rony, encerrando uma sequência de resultados ruins e abrindo sete pontos para a zona de rebaixamento. O placar, além de garantir fôlego, amplia a crise do lanterna pernambucano, que acumula a 14ª derrota e apenas 16 pontos em 26 partidas.
Tecnicamente, o Atlético exibiu um desenho mais equilibrado. Fausto Vera e Igor Gomes retomaram a compactação no meio-campo, enquanto Scarpa e Arana articularam o jogo pelos flancos, explorando as brechas de um Sport que insistiu em sobreviver num 5-3-2 sem transição ofensiva. O gol de Rony, símbolo do esforço coletivo, premiou a entrega de um elenco que ainda carece de padrão, mas reencontrou intensidade e propósito, dois valores que haviam sumido no revés contra o Fluminense. Mesmo Hulk, em noite discreta, participou de forma disciplinada, evitando os excessos que vinham minando a estabilidade do time.
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A vitória reorganiza o tabuleiro do Galo, agora com 32 pontos, na 14ª posição, à frente de concorrentes diretos como Internacional e Santos. Mais importante que os números, porém, é o respiro emocional: o resultado injeta confiança antes do clássico contra o Cruzeiro, marcado para a próxima quarta. Já o Sport, atolado na lanterna e dono do pior ataque da competição, parece caminhar para um rebaixamento que, a cada rodada, deixa de ser ameaça e se aproxima da sentença. O Ceará, próximo adversário, deve encontrar um rival pressionado e emocionalmente exaurido.
O triunfo atleticano, contudo, não mascara fragilidades. O time de Jorge Sampaoli ainda oscila entre lampejos e desatenções, e o elenco, envelhecido em alguns setores, carece de consistência para algo além da sobrevivência. Mas, ao menos por uma noite, o Galo respirou. E num campeonato em que o medo pesa tanto quanto a tática, respirar já é um ato de resistência.
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