Bahia usa pausa para reencontrar força e time ideal
Ceni mira recuperação física e técnica antes do duelo com Fortaleza
O Bahia entra na última Data Fifa do ano com uma missão dupla: recuperar seus principais jogadores e restabelecer a identidade coletiva que se perdeu entre lesões e oscilações. Com onze dias até o confronto diante do Fortaleza, em Salvador, Rogério Ceni espera voltar a escalar o time considerado ideal, com Gilberto, Caio Alexandre e Everton Ribeiro em condições de jogo. Desde julho, quando venceu o Atlético-MG por 2 a 1, o técnico não consegue repetir a formação que deu equilíbrio e criatividade ao Tricolor.
No campo tático, o Bahia sofre pela ausência de fluidez na saída de bola e na construção entre linhas. Gilberto faz falta pelo apoio consistente, enquanto Caio Alexandre e Everton Ribeiro são o elo entre a base da jogada e o terço final. Sem eles, Ceni tem recorrido à compactação e às bolas longas para Willian José, solução emergencial que reduziu o repertório ofensivo. A expectativa é que, com a volta do trio, o Bahia volte a combinar posse e progressão, recuperando a intensidade que marcou a primeira metade do campeonato.
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O período de treinos também servirá para administrar o desgaste de quem sustentou a equipe em meio ao caos físico. Jean Lucas, o jogador mais utilizado na temporada, ultrapassou 50 partidas e foi citado pelo técnico como um dos que mais precisam de descanso. O clube ainda trabalha na recuperação de Gabriel Xavier e Kayky, que devem reforçar o grupo nas últimas rodadas, enquanto Sanabria não volta a tempo. O desafio é equilibrar carga e ritmo sem perder competitividade.
A pausa surge como um divisor de águas. Rogério Ceni construiu um time competitivo, mas ainda dependente de encaixes individuais. A volta dos titulares deve oferecer o que o Bahia mais precisa: previsibilidade tática e fôlego emocional para a reta final. O Tricolor chega a novembro no fio da navalha, mas com a chance rara de se reerguer no momento certo. No futebol de resistência que o Brasileirão impõe, tempo é luxo, e o Bahia não pode desperdiçar o último que lhe resta.
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