Bia Haddad supera fantasmas mentais e avança com vitória em Nova York
Brasileira oscila, reage no terceiro set e mantém viva sua campanha
Beatriz Haddad Maia estreou no US Open de 2025 com uma vitória que expôs mais do que o placar de 2 a 1 sobre a britânica Sonay Kartal. O triunfo por 6/3, 1/6 e 6/1, conquistado em pouco mais de duas horas, foi acompanhado de um desafio invisível: o mental. Aos 29 anos, número 22 do ranking, a paulista precisou administrar um segundo set de colapso emocional e a pressão de um Grand Slam que historicamente lhe cobra alto preço. Ainda assim, encontrou forças para reagir e garantir presença na segunda rodada, onde enfrentará Loïs Boisson ou Viktorija Golubic.
O desempenho deixou claro que a oscilação técnica da brasileira tem raízes em sua instabilidade psicológica. No primeiro set, o saque funcionou como aliado, permitindo-lhe assumir a dianteira. No segundo, no entanto, vieram as falhas em sequência, sobretudo no serviço, acompanhadas de linguagem corporal abatida. O intervalo foi decisivo: Haddad retornou renovada, apostando em maior agressividade nas devoluções e na variação de ângulos. A intensidade recuperada no terceiro set resultou num domínio quase absoluto, refletido no placar dilatado.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
A vitória, além de prolongar sua trajetória em Nova York, tem peso simbólico. Bia defende pontos importantes da edição anterior e não pode se dar ao luxo de quedas precoces. Num circuito cada vez mais povoado por jovens ousadas, manter-se firme entre as 30 melhores exige não apenas potência de golpes, mas sobretudo solidez mental. A partida contra Kartal serviu de alerta: enfrentar fantasmas internos pode ser tão desafiador quanto encarar uma rival bem ranqueada.
A leitura mais crítica aponta para uma realidade inevitável: Bia Haddad precisa evoluir no aspecto psicológico com a mesma urgência com que aprimora seu jogo de quadra. A geração atual do tênis feminino é marcada por atletas que transformam pressão em combustível. A brasileira, embora tenha talento suficiente para avançar em grandes torneios, corre o risco de estacionar caso não consiga controlar suas próprias emoções. Em Nova York, ao menos, venceu a primeira batalha. A mais difícil, porém, ainda está em andamento.
📱 Acesse o nosso site RadioGeral e TVGeral
📲 Nos acompanhe também nas redes sociais:
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.