O Botafogo-SP venceu o Amazonas por 1 a 0 na Arena Nicnet e respirou na reta final da Série B. O único gol saiu dos pés de Léo Gamalho, em cobrança de pênalti no segundo tempo, diante de mais de oito mil torcedores em Ribeirão Preto. O resultado levou o Tricolor aos 41 pontos e à 15ª posição, afastando momentaneamente o risco do rebaixamento. O Amazonas, por sua vez, estacionou nos 35 pontos e viu a corda apertar no pescoço, com a queda à Série C cada vez mais próxima.

Em campo, o jogo foi tenso, travado e decidido nos detalhes. O Botafogo-SP apostou em uma estrutura compacta, com três volantes para conter a velocidade amazonense, e explorou a força física de Gamalho como referência. O Amazonas teve mais posse, mas criou pouco. As substituições ofensivas de Aderbal Lana não surtiram efeito, e a equipe esbarrou na falta de profundidade e nas defesas seguras de Victor Souza. No fim, prevaleceu o time que soube lidar melhor com o peso da urgência.

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A vitória muda o ambiente em Ribeirão. O clube paulista, que somava a pior sequência ofensiva da competição há um mês, agora soma seis jogos de invencibilidade e depende apenas de si para permanecer. Já o Amazonas chega a um ponto de ruptura. Enfrenta o Paysandu fora de casa precisando vencer e torcer por tropeços alheios, um cenário que mistura matemática e fé diante de um futebol que perdeu intensidade no momento mais decisivo.

O duelo foi menos sobre técnica e mais sobre resistência emocional. Botafogo e Amazonas simbolizam a face mais crua da Série B, em que cada dividida vale sobrevivência. Léo Gamalho, com sua frieza de veterano, transformou uma noite tensa em respiro coletivo. Para o Amazonas, restou o silêncio dos vestiários, que costuma anunciar o peso das quedas inevitáveis. 

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