Camutanga voltou ao Vitória em meio ao caos que se seguiu ao traumático oito a zero diante do Flamengo. O zagueiro, que disputava a Série B pelo Remo, desembarcou em Salvador e ganhou a titularidade em apenas três sessões de treino, um retrato claro da urgência que tomou conta do clube e do peso simbólico atribuído ao seu retorno. Desde então, só deixou a equipe para cumprir suspensões e acumulou minutos que o colocam entre os reforços mais utilizados do semestre.

A força do impacto não se explica apenas pela necessidade do elenco. Camutanga reorganizou o setor defensivo com leitura madura, influência direta na coordenação da última linha e imposição física que faltava ao Vitória nas semanas anteriores à sua volta. O zagueiro de trinta e seis anos também trouxe estabilidade emocional, algo visível no comportamento do time diante de adversários de maior densidade ofensiva.

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A projeção para o clube aponta um cenário de dependência técnica e estratégica. Com contrato até dezembro de 2026, Camutanga tende a ser protagonista na reconstrução defensiva planejada para a próxima temporada, ainda mais se o Vitória confirmar permanência na elite. A sequência fora de casa, incluindo o desafio contra o Palmeiras, deve indicar o tamanho real de sua influência na reta final.

O olhar crítico revela que a recuperação do Vitória passa, obrigatoriamente, pela solidez que Camutanga devolveu ao sistema. A diretoria buscou volume na janela, mas encontrou consistência justamente em quem já conhecia o clube. A lição é clara, experiência e adaptação rápida podem ser mais valiosas que qualquer corrida por nomes de impacto. O Vitória reagiu porque se reencontrou com um defensor que entende o peso da camisa e a urgência de um elenco pressionado. 

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