Criciúma cala o Couto Pereira e derruba Coritiba da vice-liderança
Pressão aumenta no Coxa após tropeços em casa e ascensão do Tigre
O Couto Pereira viveu uma noite de inversão de forças. O Criciúma, em ascensão constante na Série B de 2025, superou o Coritiba por 2 a 0 e assumiu a liderança da competição, com 49 pontos. Os gols de Rodrigo e Nicolas consolidaram a solidez de um time que aprendeu a competir fora de casa. Já o Coxa, dono de maior posse de bola, somou seu terceiro jogo sem vitória e ampliou a crise diante da própria torcida, que não perdoou o desempenho insosso e já contabiliza apenas uma vitória nos últimos sete compromissos em casa.
O contraste técnico foi evidente. Enquanto Eduardo Baptista armou o Coritiba em um 3-5-2 que priorizou circulação de bola sem objetividade, o Criciúma de Mozart apresentou rigor tático e oportunismo. A defesa catarinense, liderada por Rodrigo, reduziu os espaços entre linhas e neutralizou Gustavo Coutinho e Iury Castilho, referências ofensivas do rival. A cada erro de passe na intermediária paranaense, o Tigre acionava transições rápidas, aproveitando a lentidão da recomposição alviverde. Os números escancaram o paradoxo: 63% de posse para o Coritiba, mas apenas duas finalizações no alvo, contra cinco efetivas do visitante.
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O resultado projeta cenários opostos. O Criciúma ganha moral na briga pelo acesso, não apenas pelo topo da tabela, mas pela consistência defensiva que sustenta campanhas de subida. Já o Coritiba estaciona nos 47 pontos, perde fôlego e vê o Novorizontino e o Athletico-PR rondarem o G-4. O fantasma da instabilidade no Couto, acentuado pela pressão da torcida, pode se tornar obstáculo psicológico num momento em que a reta final exige nervos firmes e competitividade máxima.
O jogo no Paraná deixou claro que não basta ter posse se ela é estéril. O Criciúma tratou o confronto direto como decisão e foi premiado com a liderança, ao passo que o Coritiba parece preso a um estilo previsível, sem contundência ofensiva. Se Eduardo Baptista não encontrar soluções para transformar volume em efetividade, o Coxa corre o risco de desperdiçar uma Série B em que o acesso parecia encaminhado. O Tigre, ao contrário, mostra que está pronto para desafiar a lógica e recolocar Santa Catarina no mapa da elite.
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