Cruzeiro controla CRB, resiste a pênalti e carimba vaga nas quartas
Defesa sólida e eficiência ofensiva definem classificação mineira em Maceió
O Cruzeiro confirmou, nesta quinta-feira (7), sua presença entre os oito melhores da Copa do Brasil ao vencer o CRB por 2 a 0 no Estádio Rei Pelé, em Maceió. Após o empate sem gols no jogo de ida, a equipe de Fernando Seabra construiu a vitória com gols de Villalba, aos 10 minutos do segundo tempo, e Eduardo, já nos acréscimos. No meio do caminho, aos 40, Cássio defendeu um pênalti cobrado por Gegê, consolidando a classificação e evitando qualquer risco de prorrogação. Os números traduzem o equilíbrio da disputa: posse de bola praticamente dividida (53% a 47%), 13 finalizações alagoanas contra 12 mineiras e dez escanteios para os visitantes, que mostraram maior poder de decisão.
Taticamente, o Cruzeiro sustentou um 4-3-3 que se transformava em bloco médio compacto, com Lucas Romero e Lucas Silva garantindo cobertura constante aos laterais e liberando Matheus Pereira para articular por dentro. A pressão alta foi pontual, mas eficaz — o primeiro gol nasceu de um escanteio resultante de interceptação no campo de ataque. A defesa, liderada por Fabrício Bruno e Villalba, alternou marcação em linha e perseguições individuais curtas, neutralizando a referência Mikael. O pênalti defendido por Cássio não foi obra do acaso: a preparação do goleiro, amparada por estudo detalhado dos batedores adversários, é peça do planejamento competitivo da equipe, que em 2025 mantém a segunda menor média de gols sofridos entre clubes da Série A.
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A vitória, além de garantir R$ 4,7 milhões em premiação, reforça a imagem de um Cruzeiro pragmático e pouco vulnerável em jogos de mata-mata. A sequência imediata prevê duelo contra o Santos pelo Brasileiro, antes de conhecer o próximo adversário na Copa do Brasil. Para o CRB, a eliminação limita a temporada ao desafio de acesso na Série B — meta que exige recuperação rápida do golpe emocional sofrido diante da própria torcida. A campanha até as oitavas, contudo, mantém o clube em vitrine nacional, fator relevante para captação de patrocínios e fortalecimento do elenco.
O desempenho cruzeirense em Maceió mostrou um time que não se afoba e entende o peso do momento. Se o ataque ainda carece de maior fluidez nas tramas de velocidade, a solidez defensiva e a leitura de jogo do treinador compensam lacunas. O torcedor pode lamentar a ausência de espetáculo, mas a história das copas ensina que, na reta decisiva, não é o brilho isolado que sustenta a caminhada — é a constância. Como se diz lá na Bahia, "apressado come cru", e o Cruzeiro parece disposto a cozinhar seus adversários em fogo baixo até o prato final.
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