Everton Ribeiro transforma drama pessoal em exemplo raro de serenidade esportiva
Meia do Bahia reage com coragem a diagnóstico de câncer e inspira o futebol brasileiro
O futebol brasileiro amanheceu mais leve nesta quinta-feira. Após semanas de apreensão, Everton Ribeiro, 36, confirmou que não precisará de tratamento adicional após a retirada da tireoide. O meia do Bahia, que revelou o diagnóstico de câncer há poucos dias, comunicou em vídeo o sucesso da cirurgia e o alívio de poder focar na recuperação. A notícia encerra um ciclo de incertezas vivido em silêncio dentro do clube e reacende, em meio à rotina exaustiva do Brasileirão, um raro sentimento de humanidade compartilhada.
A postura de Everton Ribeiro transcende o campo. Mesmo lidando com um diagnóstico grave, o jogador manteve-se ativo, atuou em partidas decisivas e só tornou o caso público quando o pior já havia passado. O comportamento discreto, aliado à serenidade com que enfrentou o processo, revela um atleta que domina o próprio tempo emocional, uma virtude escassa num meio movido por urgência e vaidade. O Bahia, por sua vez, mostrou eficiência ao detectar as alterações nos exames e agir preventivamente, consolidando uma cultura médica que começa a se distinguir no futebol brasileiro.
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O episódio tem impacto além da esfera individual. O caso mobilizou o vestiário tricolor e gerou um ambiente de unidade pouco comum em clubes sob pressão. No contexto de 2025, em que o futebol se mostra cada vez mais vulnerável à lógica de resultados e desgaste físico, o exemplo de Everton Ribeiro reintroduz o valor da empatia. O Bahia, ainda sem previsão para o retorno do meia, ganha uma referência simbólica de força e resiliência, capaz de influenciar o grupo na reta final da Série A.
Do ponto de vista humano e esportivo, Everton Ribeiro reafirma sua grandeza silenciosa. O jogador que já foi maestro do Flamengo e líder técnico da seleção de Tite agora se impõe pela serenidade com que enfrenta a adversidade. Sua fala equilibrada, sem melodrama, reforça uma ideia essencial: o futebol pode ser palco de algo mais profundo que gols e tabelas. Em tempos de ruído, Everton escolheu a calma e, talvez por isso, tenha vencido antes mesmo de voltar a tocar na bola.
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