Fluminense segura pressão e elimina Internacional com empate no Maracanã

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Fluminense segura pressão e elimina Internacional com empate no Maracanã

 Tricolor abre o placar, resiste ao Colorado e avança pela quarta vez seguida

📷 Reprodução: X (Twitter) - FluminenseFC

A noite no Maracanã selou mais um capítulo da hegemonia recente do Fluminense sobre o Internacional em mata-matas. Com o empate por 1 a 1 nesta quarta (6), o Tricolor carioca garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil de 2025, beneficiado pela vitória por 2 a 1 no jogo de ida. Os gols de Canobbio e Alan Patrick, ambos no segundo tempo, refletiram um confronto equilibrado, mas marcado por um controle emocional mais eficaz da equipe de Fernando Diniz. Foi a quarta vez consecutiva que o clube carioca elimina os gaúchos em torneios de mata-mata — e sem precisar recorrer a brilho técnico desmedido, apenas à solidez competitiva.

Do ponto de vista tático, o Fluminense soube explorar as fragilidades de um Internacional excessivamente espaçado no meio-campo e dependente da individualidade de Alan Patrick. A escolha por Bernabei como lateral revelou-se arriscada diante da movimentação constante de Canobbio, que fez o gol e desorganizou a última linha colorada em diversas ocasiões. O Tricolor priorizou posse curta e cobertura defensiva próxima — o que explica o domínio territorial no primeiro tempo. Na etapa final, com o avanço inevitável do Inter, o Fluminense recuou sem perder a estrutura. Fábio defendeu um pênalti — mal batido por Alan Patrick — e só cedeu o empate após nova cobrança, desta vez convertida pelo meia. Mesmo assim, a frieza nos minutos finais garantiu o avanço.

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A classificação tem implicações múltiplas. Para o Fluminense, representa a continuidade de um projeto técnico que, mesmo em 2025, ainda gira em torno da filosofia de Diniz: intensidade moderada e concentração máxima. Com o time também vivo na Sul-Americana, a diretoria ganha margem para preservar o elenco e priorizar confrontos chave. Já o Internacional encerra mais uma campanha de Copa do Brasil de forma prematura, acentuando a instabilidade do trabalho de Roger Machado. A equipe ainda tenta se afirmar no Brasileirão e tem pela frente compromisso decisivo na Conmebol Libertadores, mas o ambiente interno — já tensionado desde a eliminação para o próprio Fluminense em 2023 — volta a ser cobrado por desempenho e resultado.

O que se viu no Maracanã foi menos um duelo de talentos e mais uma lição sobre como se disputa torneios eliminatórios. O Fluminense não encantou, mas entendeu o jogo — e isso basta. É curioso como, mesmo sem o frescor criativo dos anos anteriores, a equipe carioca parece ter aprendido a jogar com o tempo, não contra ele. Ao Internacional, restam perguntas reincidentes: até quando insistir em protagonismo sem organização? O time teve volume, sim, mas raramente teve direção. E, como diziam lá na rádio Itapoan, quando a carroça anda torta, nem cavalo baio dá conta de endireitar. 

 

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Quarta, 12 Novembro 2025

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