Fortaleza reage com raça em Caxias e renasce na luta contra queda
Time de Palermo vira sobre Juventude, sai do fundo e recupera confiança perdida
O Fortaleza reencontrou fôlego e esperança em uma noite gelada no Alfredo Jaconi. De virada, venceu o Juventude por 2 a 1, pela 27ª rodada do Brasileirão, e quebrou uma sequência de frustrações que ameaçava o moral do elenco. O gol da vitória, marcado por Bareiro aos 40 minutos do segundo tempo, simbolizou o alívio de um grupo pressionado, mas ainda vivo. O resultado levou o Laion ao 18º lugar, com 24 pontos, superando o próprio Juventude, que segue afundado na vice-lanterna com 23. Em campo, foi uma partida de contraste: domínio gaúcho no primeiro tempo e reação contundente dos cearenses na etapa final.
O desenho tático das duas equipes contou a história de um jogo de nervos. O Juventude, armado por Thiago Carpini em um 4-4-2 compacto, explorou bem os espaços iniciais e abriu o placar cedo, com Rafael Bilu, após erro de recomposição do Fortaleza. A chance desperdiçada por Gilberto em um pênalti aos 15 minutos mudou o curso emocional da partida. A partir daí, Martín Palermo reorganizou o Laion: adiantou as linhas, trocou volantes por homens de infiltração e deu liberdade a Matheus Pereira, que passou a encontrar Mancuso entre os zagueiros. O empate veio em jogada trabalhada pela direita, e a virada, já no fim, nasceu de uma transição precisa conduzida por Pikachu e concluída por Bareiro, exemplo de eficiência em um time que reaprendeu a competir.
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A vitória tem dimensão maior do que os três pontos. Depois de semanas de instabilidade, o Fortaleza recupera confiança e, mais importante, senso coletivo. A reação não o tira de imediato da zona de rebaixamento, mas o aproxima da fronteira da salvação, agora a quatro pontos. Para o Juventude, o golpe é duplo: além de perder em casa, a equipe vê crescer o risco de queda num momento em que o rendimento desaba — já são cinco jogos sem vencer. A tensão nas arquibancadas do Jaconi espelha a perda de convicção de um elenco que parece exaurido física e mentalmente.
Palermo, muitas vezes cobrado por conservadorismo, enfim mexeu onde precisava. O Fortaleza mostrou coragem tática, intensidade nos duelos e um traço de humildade competitiva que parecia esquecido. A virada é fruto menos do acaso e mais de ajuste de postura. Já o Juventude sucumbiu à própria ansiedade. Falhou em administrar vantagem, perdeu meio-campo e se desorganizou quando precisou ser racional. O Brasileirão de 2025 vem revelando quem tem repertório e quem ainda vive de lampejos: em Caxias, venceu quem ousou se reinventar.
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