Gabigol marca mas Cruzeiro tropeça em casa e vê sonho esfriar
Sport resiste no Mineirão e arranca empate que expõe falhas ofensivas mineiras
O Cruzeiro viu escapar uma vitória que parecia obrigatória diante da torcida. No Mineirão, empatou por 1 a 1 com o lanterna Sport, neste domingo, pela 27ª rodada do Brasileirão. O resultado interrompe o embalo da equipe de Fernando Seabra, que chegou aos 52 pontos e desperdiçou a chance de colar em Palmeiras e Flamengo, líderes da competição. O Sport, mesmo com elenco limitado e afundado na zona de rebaixamento, jogou com coragem: abriu o placar com Derik Lacerda e suportou 60 minutos de pressão até sofrer o empate de Gabigol, destaque celeste e nome mais acionado em uma noite de insistência e pouca inspiração.
Os números traduzem a história. Com 61% de posse e 22 finalizações, o Cruzeiro foi volumoso, mas ineficiente. Seabra apostou em cruzamentos laterais e no talento de Matheus Pereira, mas o plano tático revelou-se previsível diante de um Sport disciplinado no 4-4-2 compacto armado por Daniel Paulista. A ausência de mobilidade no ataque mineiro — agravada pela má leitura de espaço entre Arroyo e Gabriel — permitiu ao Leão respirar e sair em transições rápidas. O gol rubro-negro, nascido de erro de saída de bola, foi exemplo da desconcentração que ronda o Cruzeiro em jogos de imposição obrigatória. A entrada de Villalba e Kaiki melhorou a dinâmica, mas o time seguiu refém de bolas alçadas, sem capacidade de infiltração.
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O empate tem peso estratégico. O Cruzeiro mantém-se no G4, mas vê a distância para os líderes crescer em um momento decisivo do campeonato, agora separado por três pontos do topo. Mais grave é o sinal de desgaste emocional de uma equipe que, mesmo superior tecnicamente, não converte domínio em resultado. Para o Sport, o ponto tem valor de oxigênio. Chega a 16 e segue na lanterna, mas ganha moral e fôlego em um vestiário antes abatido. Daniel Paulista recuperou competitividade e organização, embora ainda falte consistência na criação.
O Cruzeiro mostra maturidade incompleta. Domina, produz, mas não define, e isso, em campeonato de regularidade, cobra caro. Há um excesso de confiança na posse e pouca variação ofensiva. Gabigol voltou a marcar, mas o time parece depender demais de lampejos individuais. O empate, embora frustrante, pode servir de alerta antes do clássico contra o Atlético-MG: volume sem eficiência é estatística, não futebol competitivo. Já o Sport, dentro de suas limitações, apresentou virtudes que transcendem a tabela, disciplina, solidariedade e senso de urgência. É pouco para sair do fundo, mas suficiente para continuar acreditando.
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