O Baenão voltou a pulsar como em tempos de glória. O Remo derrotou o Athletico-PR por 2 a 1 nesta quinta-feira e manteve viva a escalada rumo ao G-4 da Série B. Marcelinho abriu o placar, Dudu empatou para os paranaenses, mas Caio Vinícius selou a vitória em um segundo tempo de imposição tática e emocional. Com o resultado, o Leão chegou a 48 pontos, igualando o próprio Furacão na tabela e encostando em Chapecoense, Criciúma e Novorizontino. Foi a terceira vitória consecutiva sob o comando de Guto Ferreira, que recolocou o clube paraense entre os protagonistas da reta final de 2025.

O Remo venceu pela eficiência e pela clareza de ideias. Guto Ferreira montou um 4-4-2 compacto, com linhas curtas e laterais disciplinados. O jogo passou pelos volantes Caio Vinícius e Nathan Camargo, que bloquearam a transição do Athletico e deram fluidez à saída de bola. Panagiotis, cerebral, alternou lançamentos longos e inversões rápidas que abriram espaços para os avanços de Marcelinho e João Pedro. O Athletico, por sua vez, manteve mais posse, mas sem profundidade. A insistência em cruzamentos inofensivos e a ausência de coordenação entre os meias tornaram previsível um time que parecia ansioso e fragmentado.

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A vitória muda o tom da campanha azulina. O Remo, antes irregular e vulnerável, apresenta sinais claros de maturidade competitiva. O torcedor volta a acreditar, e o grupo, agora estável, demonstra confiança para as sete rodadas finais. O Baenão se consolida como fator determinante, com 100% de aproveitamento sob Guto. Já o Athletico-PR perde fôlego na luta pelo acesso. O time de Odair Hellmann, que vinha se equilibrando no limite entre o G-4 e o meio da tabela, dá sinais de desgaste técnico e emocional em meio à pressão por resultados imediatos.

O que se vê em Belém é mais do que uma boa fase: é um projeto retomando coerência. Guto Ferreira trouxe ao Remo o que o clube vinha carecendo desde o início da temporada, uma identidade. Sua leitura de jogo é pragmática, mas não retranca; sua equipe sabe quando acelerar e quando respirar. A Série B, sempre impiedosa com quem oscila, começa a premiar quem amadurece no tempo certo. Se mantiver a consistência e o controle emocional, o Leão não apenas voltará a sonhar com o acesso, mas também provará que o futebol do Norte pode, sim, competir em alto nível quando há método e convicção. 

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