Remo vence Operário no fim e reacende sonho do acesso à Série A
Jáderson decide aos 44 minutos e mantém equipe azulina viva na disputa
Em Ponta Grossa, o Remo venceu o Operário-PR por 1 a 0 na tarde deste domingo, pela 30ª rodada da Série B, e manteve-se vivo na corrida pelo acesso. O gol solitário de Jáderson, aos 44 minutos do segundo tempo, foi a síntese da insistência paraense em um jogo de poucos espaços e muito nervosismo. Com o resultado, o clube azulino chegou aos 45 pontos, ocupando a oitava posição, a três do G4. O Operário, por sua vez, estacionou nos 39 pontos, amargando a segunda derrota consecutiva e praticamente se despedindo da briga pela elite.
Foi uma partida mais estratégica que vistosa. O Remo iniciou com marcação alta e conseguiu anular as saídas curtas do adversário, criando as melhores oportunidades da primeira etapa — inclusive com um gol anulado por impedimento milimétrico. Guto Ferreira optou por um 4-3-3 mais agressivo, com Janderson e Marrony abrindo amplitude e buscando diagonais rápidas. O Operário reagiu na base da força física, tentando explorar os chutes de média distância e os erros de recomposição do visitante. No segundo tempo, o Fantasma até cresceu, mas parou em Ygor Vinhas, que substituiu o lesionado Marcelo Rangel com segurança. Quando o jogo caminhava para o empate, a persistência azulina foi recompensada na bola aérea: cruzamento preciso de Janderson e cabeceio letal de Jáderson, livre na pequena área.
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A vitória tem valor que ultrapassa os três pontos. O Remo ganha moral, consistência e, sobretudo, confiança num momento decisivo do campeonato. O time paraense reduziu a distância para o G4 e chega fortalecido para o confronto direto com o Athletico, na quinta-feira. Já o Operário perdeu fôlego. A equipe de Rafael Guanaes, que chegou a sonhar com o acesso, soma apenas uma vitória nos últimos sete jogos e vê o rendimento despencar, especialmente em casa. O público de 5.819 torcedores no Germano Krüger deixou o estádio sob aplausos contidos e certa resignação.
O triunfo do Remo é, acima de tudo, um ato de resistência. Em uma Série B marcada pela paridade e pelo desgaste, vencer fora exige solidez emocional e leitura de momento — dois elementos que Guto Ferreira soube resgatar. A equipe ainda comete erros de tomada de decisão, mas demonstra maturidade crescente e intensidade competitiva. Se mantiver essa postura, o Remo tem condições reais de brigar até a última rodada. Já o Operário paga o preço da estagnação: perdeu mobilidade, previsível nas transições e refém da ansiedade. Em Ponta Grossa, ficou claro que o Remo quer subir. O Operário, por enquanto, apenas participa.
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