Ronaldo renasce no Bahia e transforma desconfiança em símbolo de estabilidade técnica
Goleiro brilha com defesas decisivas e assistência após meses sob forte pressão
Durante boa parte de 2025, o gol do Bahia foi uma ferida exposta. Instabilidade, falhas e trocas constantes criaram um cenário de insegurança que contaminava o time. Mas nas últimas rodadas, Ronaldo devolveu serenidade ao setor mais vulnerável do elenco tricolor. A atuação contra o Flamengo, com duas intervenções capitais e frieza de veterano, consolidou o momento de recuperação. Titular há 19 partidas consecutivas, o camisa 96 acumula sequência inédita e começa a reconstruir a própria imagem, abalada desde a falha emblemática na Copa do Brasil.
O crescimento do goleiro não é casual. Sob o olhar meticuloso de Rogério Ceni, Ronaldo passou a explorar o jogo com os pés e a leitura de saída rápida, ponto que o técnico considera essencial para a mecânica tricolor. A assistência para Ademir, no triunfo sobre o Palmeiras, foi o exemplo mais claro dessa evolução. Mais do que um lance isolado, simbolizou a transição de um goleiro reativo para um construtor de jogadas. A confiança adquirida refletiu-se nas estatísticas: o Bahia reduziu em 23% o número de finalizações sofridas nas últimas cinco partidas, índice que evidencia segurança coletiva gerada pela confiança individual.
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Essa virada tem implicações diretas no futuro do clube. O Bahia, que buscava um nome estável para o gol desde a saída de Marcos Felipe, parece ter encontrado solução caseira. Ronaldo, outrora visto como tampão, transformou-se em peça estrutural de um elenco em reconstrução. A consistência defensiva vem sustentando resultados que recolocam o time em zona intermediária e permitem a Ceni ajustar o setor ofensivo sem o peso constante de vazamentos evitáveis. O clássico contra o Vitória, nesta quinta-feira, surge como teste definitivo para medir se a boa fase já se converteu em confiabilidade de elite.
É curioso notar como o futebol insiste em oferecer segundas chances àqueles que resistem. Ronaldo foi alvo de críticas severas e até do sarcasmo das arquibancadas, mas respondeu com trabalho e sobriedade. Sua ascensão recente é também uma metáfora para o próprio Bahia, clube que ainda oscila entre promessas de modernização e velhos vícios de instabilidade. No fim, o goleiro que simbolizava o problema agora representa o antídoto. E poucos papéis são mais desafiadores, ou mais nobres, do que o de redimir um time a partir do gol.
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