São Paulo cai no Morumbis e revive trauma com nova eliminação precoce
Ansiedade, falhas individuais e desorganização ofensiva selam fracasso tricolor na Libertadores
O São Paulo voltou a tropeçar em um roteiro que já não surpreende seu torcedor. Diante de mais de 60 mil pessoas no Morumbis, o time foi derrotado pela LDU por 1 a 0 e se despediu da Libertadores ainda nas quartas de final. O placar agregado de 3 a 0 expôs novamente a dificuldade do clube em lidar com noites decisivas no torneio continental. Apesar da pressão inicial e das chances criadas, o nervosismo transformou oportunidades claras em desperdício, até que o contra-ataque equatoriano selou a eliminação.
O jogo escancarou a falta de equilíbrio estratégico do São Paulo. A escolha por um ataque sem referência na etapa inicial deixou a equipe refém de cruzamentos pouco efetivos. A recomposição defensiva, frágil e lenta, foi incapaz de sustentar o risco assumido. Nem mesmo as mudanças no intervalo — desmontando a linha de três zagueiros e inserindo um centroavante — alteraram o rumo. A LDU, mesmo com posse de bola escassa, demonstrou disciplina tática e precisão: atacou quando teve a chance e matou o confronto com frieza.
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As consequências ultrapassam a eliminação. O São Paulo repete pelo segundo ano consecutivo a queda nas quartas, acumulando frustrações recentes que corroem a confiança do elenco. No calendário de 2025, resta o Brasileirão como consolo competitivo, mas a exigência do torcedor será ainda maior. A diretoria terá de lidar com cobranças sobre planejamento, investimentos e a ausência de respostas em jogos de maior peso. Para um clube que ostenta três títulos continentais, a realidade atual é a de um time que não consegue transformar estatísticas em classificação.
A derrota não pode ser explicada apenas por falhas individuais, ainda que tenham sido decisivas. O problema é estrutural: um elenco com bons nomes, mas sem um padrão de jogo que resista à pressão e ao erro. A insistência em acelerar sem clareza, a fragilidade emocional diante de adversários cascudos e a incapacidade de impor autoridade em sua própria casa formam um conjunto preocupante. O São Paulo não perdeu apenas para a LDU, perdeu para sua própria ansiedade e para a reincidência de equívocos que já não cabem em um clube do seu tamanho.
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