Mulher morre após ser esfaqueada pelo filho de 9 anos
Menino se revoltou com a mãe após ser repreendido; crime aconteceu na casa da família
Um gesto de repreensão terminou em tragédia na zona sul de São Paulo. Caline Arruda, de 36 anos, foi morta com uma facada, na noite da quinta-feira, 25, em Parelheiros. O principal suspeito do crime é o próprio filho da mulher, um menino de apenas 9 anos, segundo confirmou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Caline foi morta dentro de casa após reclamar com o filho. Segundo testemunhas, momentos antes de morrer, ela ainda teria pedido um "último abraço" ao filho e dito que o perdoava.
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De acordo com relatos de familiares e vizinhos, a tragédia começou ainda durante o dia, quando Caline estava em seu comércio e viu o filho brincando na rua. Ela o repreendeu e pediu que voltasse para casa. O menino teria ficado irritado com a bronca e deixou o local.
Mais tarde, já na residência da família, a mãe voltou a chamar a atenção dele e foi nesse momento que o garoto, em um ato de fúria, pegou uma faca e a atacou. A agressão aconteceu na presença do padrasto e de um irmão mais velho, de 19 anos.
Mesmo ferida, Caline conseguiu pedir ajuda a um vizinho, que tentou socorrê-la. No entanto, ela não resistiu ao ferimento e morreu antes de chegar à unidade de saúde.
Menino foi levado ao Conselho Tutelar
Após o ocorrido, o menino foi encaminhado ao Conselho Tutelar, conforme determina o artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que impede a detenção ou a aplicação de medidas socioeducativas a crianças menores de 12 anos. O caso foi registrado como homicídio no 101º Distrito Policial, no bairro Jardim dos Imbuias. Exames periciais foram solicitados para esclarecer os detalhes do crime.
Histórico familiar de perdas e mudança de comportamento
Moradores da comunidade relataram que Caline enfrentava um histórico de tragédias pessoais. Dois anos antes, ela havia perdido dois filhos: um adolescente de 14 anos, morto durante uma briga, e um bebê de dois anos, vítima de doença. Desde então, segundo vizinhos, o menino que a atacou vinha apresentando mudanças de comportamento e sinais de instabilidade emocional.
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