Gabriela Hardt manda soltar mulher responsável por alugar chácara para sequestro de Sérgio Moro

Brasil9ª Vara Federal

Gabriela Hardt manda soltar mulher responsável por alugar chácara para sequestro de Sérgio Moro

Gabriela Hardt concedeu liberdade provisória a Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui 

Crédito: Gil Ferreira/Agência CNJ

juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, concedeu liberdade provisória a Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, a 'Luana', apontada como integrante da quadrilha ligada ao PCC, facção que planejava o sequestro do senador e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro (União Brasil-PR) e seus familiares.

Como mostrou o Estadão, as investigações feitas pela Polícia Federal até o momento mostram que 'Luana' era responsável pelas 'diligências de campo' da quadrilha. Ela teria alugado uma chácara na região metropolitana de Curitiba, que seria o cativeiro de Moro.

Na semana passada, a Polícia Federal desmontou o grupo com a prisão de nove suspeitos da Operação Sequaz.

O advogado Emerson Vaz Piovesan, que representa Cintia no processo, alegou na última sexta-feira, 24, que sua cliente trabalha como babá, tem residência fixa e cuida de seus dois filhos, uma menina de nove anos e um adolescente de 14.

Ao libertar a investigada, Gabriela Hardt afirmou que 'as condições pessoais (como primariedade, bons antecedentes e residência fixa) não afastam as razões que sustentam a prisão preventiva, bem como não elidem, de plano, a relação da requerente com os graves fatos em apuração'.

Apesar de entender que 'Luana' deveria permanecer temporariamente presa, a magistrada afirmou que, em virtude da 'prioridade absoluta na proteção às crianças', princípio da Constituição Federal, a investigada poderia ficar em liberdade. O mesmo argumento a juíza usou para soltar Aline de Lima Paixão, mãe de filhos pequenos, na última sexta, 24. Além do uso de tornozeleira eletrônica, 'Luana' não poderá sair de casa durante a noite e tampouco ter qualquer tipo de contato com os outros investigados e com as testemunhas do caso.

O Ministério Público Federal manteve a mesma posição adotada em relação aos demais investigados e opinou pelo acolhimento do pedido de liberdade feito por Cintia. O parecer foi acompanhado da sugestão de que sejam 'fixadas medidas cautelares diversas da prisão a critério do Juízo', afirmou o procurador da República José Soares.

No domingo (26) Gabriela Hardt manteve presos Valter Lima Nascimento, o 'Guinho', e Reginaldo Oliveira de Sousa, o 'Re', por mais cinco dias. Eles argumentaram que também têm trabalho e endereço fixos, e 'Re' afirmou que possui uma filha com deficiência que depende dele. Contudo, a magistrada não acolheu os argumentos dos dois. 

 

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Sexta, 19 Abril 2024

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