Um homem de 49 anos morreu nesta terça-feira (30) em casa, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, após suspeita de intoxicação por metanol. Com esse caso, o estado já contabiliza seis mortes relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas.

Segundo a prefeitura, o município recebeu 13 notificações de suspeita de contaminação. Entre elas, uma já foi confirmada, nove pacientes seguem internados em hospitais públicos e privados e quatro mortes foram registradas na cidade, todas de homens entre 38 e 58 anos.

Entre os pacientes hospitalizados, uma mulher de 30 anos está internada na UTI do Hospital das Clínicas, sedada e em hemodiálise. O exame confirmou a presença de metanol no organismo. Outros internados relataram sintomas como perda de visão, fraqueza e mal-estar.

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Os exames dos casos de óbito estão sendo realizados pelo Instituto Médico Legal (IML). A Vigilância Epidemiológica municipal acompanha as famílias das vítimas para rastrear locais de consumo. Um estabelecimento e lotes de bebidas já foram interditados.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, há 22 casos em investigação no estado, sendo sete confirmados. Em São Paulo, três bares foram interditados e mais de 100 garrafas apreendidas para perícia.

Altamente tóxico, o metanol pode causar danos ao fígado, lesões no nervo óptico e até cegueira. Os sintomas se confundem com os de uma ressaca, o que dificulta a identificação.