MPBA lança plataforma para proteger crianças e adolescentes da violência digital
No Brasil, 93% das crianças e adolescentes acessam a internet, e quase três em cada dez relataram ter vivido situações ofensivas ou de violência online
O Ministério Público da Bahia (MPBA) lançou nesta quinta-feira (23) a plataforma virtual "Fala, Filho", uma ferramenta inédita voltada à proteção de crianças e adolescentes contra a violência digital. A iniciativa faz parte da campanha "O cuidado não pode ficar só no off", que busca conscientizar pais, mães e responsáveis sobre os riscos e desafios enfrentados pelo público infantojuvenil na internet.
Disponível no site falafilho.com.br, a plataforma oferece orientações sobre temas como cyberbullying, assédio sexual, discursos de ódio, vazamento de imagens e isolamento digital, além de indicar canais oficiais de denúncia e apoio. O sistema utiliza inteligência artificial para responder, de forma interativa, às dúvidas mais comuns de responsáveis por crianças e adolescentes. As respostas são apresentadas por avatares digitais que representam o público jovem, tornando o conteúdo mais acessível e educativo.
De acordo com o MPBA, o objetivo do "Fala, Filho" é fortalecer a rede de proteção e estimular o diálogo familiar sobre o uso consciente da internet. A campanha também pretende incentivar escolas e instituições públicas a promover debates sobre segurança digital, ampliando a conscientização sobre o tema.
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Riscos e aumento da violência online
Os dados mais recentes da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024 mostram que 93% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos no país acessam a internet, e quase três em cada dez relataram ter vivido situações ofensivas ou de violência online. O levantamento também alerta para o contato frequente com desconhecidos e episódios de discriminação nas redes.
Outro dado preocupante foi divulgado pela SaferNet Brasil: entre janeiro e julho de 2025, o país registrou quase 77 mil denúncias anônimas de crimes e violações de direitos humanos na internet, sendo cerca de 50 mil casos relacionados a abuso e exploração sexual infantil.
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