Obra de aquário no Ceará já custou R$ 112 milhões, mas nunca recebeu um peixe
Projeto que iria alavancar o turismo e pesquisas não passa hoje de um esqueleto de concreto
Um aquário gigante que já consumiu R$ 112 milhões do governo do Ceará está com as obras paradas desde 2017. Segundo reportagem do g1, a construção do equipamento foi anunciada em fevereiro de 2002 e teria uma estrtutura monumental, em um espaço de 21,5 mil metros quadrados.
Hoje, 14 anos depois, não passa de um esqueleto de concreto acumulando água de chuva, cercado de tapumes, repousando de frente para o mar em um dos principais pontos turísticos de Fortaleza.
De acordo com o g1, o Acquario seria dividido em subsolo, térreo e dois pisos superiores, com cinemas, túneis de observação submersos, simuladores de submarinos, elevador panorâmico da orla, 25 tanques de animais, esculturas, fontes e até um navio naufragado. A expectativa era abrigar 35 mil animais.
Na última sexta-feira de 2023, o governo do Ceará assinou um protocolo de intenção para doar o esqueleto do Acquario para a Universidade Federal do Ceará (UFC), que pretende transformar a área em um novo campus universitário para o Instituto de Ciências do Mar (Labomar).
O novo campus vai contar com um "aquário virtual" e espaço de exposição para visitantes. Conforme a UFC, a expectativa é que o Campus Iracema, como é chamado oficialmente, esteja pronto em 2026. Não há previsão de quando as obras vão começar.
A proposta pretende pôr fim à novela que envolve a construção do Acquario, alvo de disputas judiciais, embargos ambientais e protestos, e dar uma resposta aos moradores da região, que convivem há anos com o esqueleto de concreto.
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