Taxa de mortes em acidentes de motocicletas cresce 12,5% no país
Levantamento inédito faz parte do Atlas da Violência
A taxa de mortes no trânsito no Brasil subiu 2,5% em 2023, alcançando 16,2 óbitos por 100 mil habitantes. O aumento foi puxado principalmente por acidentes com motocicletas, cuja taxa subiu 12,5%, passando de 5,6 para 6,3 por 100 mil habitantes.
Os dados são do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12), no Rio de Janeiro. É a primeira vez que o estudo inclui estatísticas sobre violência no trânsito.
Em 2023, foram registrados 34,9 mil acidentes fatais, contra 33,9 mil em 2022. Entre os casos envolvendo motos, foram 13,5 mil mortes, o maior número desde 2013.
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As motocicletas representaram 38,6% das mortes no trânsito em 2023. Em sete estados, essa proporção ultrapassou 50%:
- Piauí: 69,4%
- Ceará: 59,5%
- Alagoas: 58,4%
- Sergipe: 57,8%
- Amazonas: 57,3%
- Pernambuco: 54,4%
- Maranhão: 52,2%
Já as menores proporções foram observadas no Rio de Janeiro (21,4%), Amapá (24,1%) e Distrito Federal (24,5%).
As maiores taxas de mortes com motos por 100 mil habitantes foram:
- Piauí: 21
- Tocantins: 16,9
- Mato Grosso: 14,7
As menores:
- Amapá: 2,3
- Rio de Janeiro e Distrito Federal: 2,4
- São Paulo: 3,6
Segundo o Ipea, o crescimento está ligado ao aumento da frota de motos, especialmente em regiões mais pobres, onde o veículo é mais acessível.
O pesquisador Carlos Henrique Carvalho alerta para o risco do uso de motos no transporte de passageiros, tema que está em debate em cidades como São Paulo. "É um veículo inseguro, com alta chance de óbito em acidentes", afirma.
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