O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira (29), registrou avanço de 0,1% em agosto frente a julho deste ano, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel terminado em agosto apresentou alta de 4,4% no indicador. Na comparação com o mesmo período de 2020, enquanto em agosto a expansão foi de 28,9%, no trimestre móvel ela chegou a 28,8%.

A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução do indicador representa o aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo. No resultado acumulado em 12 meses encerrados em agosto, os investimentos tiveram expansão de 19,6%. No ano, a alta acumulada é de 25,4%.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou recuo de 0,2% em agosto e encerrou o trimestre móvel com queda de 9,9%. Enquanto a produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno caiu 0,7% em agosto, a importação avançou 16,4% no mesmo período. No acumulado em doze meses, o investimento em máquinas e equipamentos registrou um aumento 30,2%.

O indicador de investimentos em construção civil, por sua vez, avançou 0,3% na série dessazonalizada - a sexta alta consecutiva na margem. Com esse resultado, o segmento fechou o trimestre móvel com um crescimento de 12,8%.

Em relação ao ano passado, o bom desempenho foi generalizado. O destaque ficou por conta do componente de máquinas e equipamentos, que avançou para um patamar 36,5% superior ao de agosto de 2020. Enquanto o componente de outros ativos fixos aumentou 18,9%, a construção civil registrou crescimento de 26,5%. Na comparação trimestral, os resultados também foram positivos.