Estudantes da Rede Municipal apresentam projetos de ciência e tecnologia em Feira Multidisciplinar
Os trabalhos envolveram temas importantes da atualidade, como a preservação do meio ambiente e inovações tecnológicas.
Estudantes de 23 escolas da Rede Municipal de Feira de Santana participam nesta quinta-feira (30), no Centro de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva, da II Feira Multidisciplinar, promovida pela Secretaria de Educação. Diversos grupos montaram estantes no local, onde apresentaram seus projetos à comunidade. Os trabalhos envolveram temas importantes da atualidade, como a preservação do meio ambiente, a matemática e inovações tecnológicas.
Segundo a estudante Leona Victória Cerqueira, estudante do Centro de Educação Básica da Uefs (CEB-Uefs), que fica no Centro Social Urbano (CSU), do bairro Cidade Nova, apresentou junto com seus colegas um projeto que conta a história da matemática no continente Africano.
"Trouxemos figuras importantes, que fizeram parte da história da matemática no continente, como Hipátia de Alexandria, considerada a primeira mulher matemática egípcia, e Imhotep, o primeiro arquiteto, engenheiro e médico da história. E trouxemos também para o evento um jogo matemático africano chamado Mancala", contou ao Folha do Estado.
As estudantes Mariana de Souza Almeida, de 11 anos, e Julia Isabel Estrela, de 10 anos, da Escola Elizabath Johnson, do bairro Baraúnas, falaram com empolgação sobre o projeto de coleta seletiva, desenvolvido ao longo do ano, inspirado na história da escritora e recicladora brasileira Carolina Maria de Jesus.
O projeto começou desde maio e até a culminância, em outubro, foram coletadas mais de 1 mil garrafas pets. "Nosso projeto teve o objetivo de ajudar o meio ambiente ao coletar garrafas pets para doar a uma pessoa da comunidade, pois a coleta facilita a reciclagem", contou Mariana de Souza.
"Neste mês também fizemos papel reutilizando os que já haviam sido usados em sala, e com isso a gente ajuda o meio ambiente, de uma maneira educativa e divertida. Nos inspiramos em uma grande autora chamada Maria Carolina de Jesus, que era recicladora de latinhas, mas sempre gostou de ler e estudar", acrescentou Julia Isabel Estrela.
A professora Ana Carolina Vidal, gestora da escola Ecilda Ramos de Souza, elogiou a iniciativa da Seduc. "Considero este evento de extrema importância, porque a educação precisa ultrapassar os muros da sala de aula e da escola. O tema da nossa escola envolve tanto a matemática quanto as ciências, temos trabalho sobre a água, poluição, cuidados, outros sobre a saúde, como deixar o sistema mais saudável, temos projetos monetários sobre o sistema monetário e o câmbio."
O professor Januário Souza, que leciona na Escola João Barbosa de Carvalho, falou sobre o projeto ambiental desenvolvido pelos alunos para preservação do espaço escolar.
"Nosso projeto é piloto e está em via de implantação, denominado 'VAE', de Vigilância Ambiental Escolar, no qual os próprios alunos vigiam toda a qualidade ambiental do espaço escolar, preservando a saúde deste ambiente, desde a vegetação existente na escola, e buscando orientar os outros alunos a preservar esse local e o patrimônio, como por exemplo pratos e copos descartáveis, que são deixados à toa pelos alunos, então estamos criando um pequeno exército de guardiões para preservar o ambiente escolar e seja um local saudável de aprendizado."
O secretário de Educação, Pablo Roberto, destacou que a iniciativa contou também com a parceria da Fundação Egberto Costa.
"Essa feira é uma culminância de uma série de trabalhos que foram desenvolvidos em várias escolas, e hoje nós temos aqui a oportunidade de fazer esse encontro com 23 escolas, que trabalharam ao longo do ano letivo projetos ligados à ciência e tecnologia. Todos os temas abordados têm muita relevância, mas o Meio Ambiente tem tido uma atenção muito especial por parte da equipe pedagógica e os alunos têm interagido e compreendido a importância de discutir as questões ligadas a este assunto."
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