Do campo à cidade: a importância da agricultura no desenvolvimento de Feira

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Do campo à cidade: a importância da agricultura no desenvolvimento de Feira

Se o campo não planta, a cidade não janta. Esse é o grito que ecoa da terra, do homem do campo e da agricultura familiar presente no município de Feira de Santana

Crédito: Divulgação

Apesar da economia de Feira de Santana girar entorno, principalmente, do comércio, sendo esse o responsável pela maior parcela do Produto Interno Bruto (PIB) do município, outros setores da economia também têm bastante destaque, contribuindo assim para o desenvolvimento local. Entre eles, se destaca o setor da agricultura, composto principalmente por pequenos produtores da zona rural do município.

De acordo com dados do último Censo agropecuário do IBGE realizado em 2017, o município tinha até aquele momento mais de 26 mil pessoas na condição de produtores agropecuários, isso entre pequenos e médios produtores de alimentos e carnes que ocupavam um total de 67.313 hectares de terras. Já quando se fala em números de produção, em 2020, os alimentos mais produzidos em Feira de Santana foram o feijão com 10 toneladas, a mandioca com 1.500 toneladas produzidas e o milho com cerca de 700 toneladas.

É dentro desse contexto da produção rural que se destacam também as iniciativas da agricultura familiar, onde o próprio núcleo familiar rural fica responsável por todas as etapas do processo desde a plantação, cultivo, colheita da produção até mesmo a comercialização do material nas diversas feiras livres do município, contribuindo significativamente para o fortalecimento da atividade produtiva na cidade.

"Se o campo não planta, a cidade não janta", é com esses dizeres que presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana, Conceição Borges cometa sobre a importância do trabalho do homem do campo desenvolve cotidianamente para o progresso econômico da cidade. "Não é apenas uma expressão, mas é a verdade. Hoje mesmo não tendo a valorização que a gente precisa, o campo produz mais
de 70 do alimento que vai para a mesa do povo brasileiro e aqui na cidade isso não é diferente. Ainda são os pequenos agricultores que produzem de forma ecológica e orgânica e quando não há essa produção, a gente vê como encarece a alimentação e os efeitos na cidade tanto no preço quanto na qualidade dos produtos. 

Temos hoje um quantidade imensa de famílias que vivem da agricultura familiar, produzido para sobreviver e o excedente é vendido nas feiras". Questionada ainda sobre o futuro da agricultura familiar no município, a sindicalista pontua a necessidade de uma maior atenção sobretudo por parte do poder público, para que nos próximos anos a atividade não se enfraqueça em Feira de Santana, mas que pelo contrário, continue sendo elemento gerador de riquezas: "Se o município não passar a investir mais na zona rural e os agricultores, a gente pode falar que nos próximos cinco anos, essa produção vai cair e aí vamos ter comprar muitos alimentos de fora. Em um futuro próximo, o município de Feira de Santana importar muitos alimentos de fora. É necessário um maior investimento na secretaria de agricultura para que ela venha responder de forma positiva a esse setor".


 

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Quarta, 24 Abril 2024

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