Ítalo supera Pitbull em Arapiraca e confirma evolução
Vitória por decisão unânime após três rounds, ginásio lotado e emoção
Treze anos depois do primeiro encontro, Ítalo Ribeiro escreveu, enfim, a versão que faltava para sua própria história. No Coliseu Extreme Fight, diante de um Ginásio João Paulo II lotado e barulhento, o arapiraquense da Fight House apresentou a melhor atuação de sua fase madura e venceu Jeferson 'Pitbull' Vieira por decisão unânime dos juízes. A vitória encerra uma rivalidade que atravessou gerações do MMA alagoano e, sobretudo, reposiciona Ítalo entre os nomes mais consistentes do cenário regional.
Desde o primeiro toque de luvas, o roteiro já parecia diferente do de 2012. Ítalo impôs o ritmo, ditou distância e conseguiu neutralizar as investidas explosivas do rival. Se antes Pitbull conseguiu encontrar brechas para virar a luta na pressão, desta vez o unionense caminhou atrás do ímpeto que não se materializou. Ítalo circulou, variou ângulos e trabalhou combinações longas com a precisão de quem leu a luta por meses.
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Nos momentos mais quentes, especialmente no segundo round, Pitbull ainda tentou reacender o fantasma da primeira vitória. Avançou com potência, encurtou a guarda e lançou mãos pesadas. Mas Ítalo respondeu com frieza: encaixou diretos que quebraram a linha de ataque e, quando necessário, colou no clinch para esfriar o ímpeto do oponente. A estratégia, desenhada com disciplina ao longo do camp, prevaleceu.
No terceiro round, Arapiraca já parecia compreender que estava assistindo a uma virada histórica. Ítalo acelerou o volume, misturou jabs com cruzados limpos e fechou o combate com um domínio técnico que não deixava dúvidas. Ao soar o gongo, Pitbull reconheceu o resultado com um aceno firme, uma imagem que sintetiza o fim de uma rivalidade construída na luta e resolvida com respeito.
A vitória reforça o papel singular de Ítalo como ponte entre dois polos fortes do MMA nordestino. Natural de Arapiraca, mas desenvolvido tecnicamente na Academia Fight House, em Feira de Santana, ele se tornou símbolo do intercâmbio esportivo entre Alagoas e Bahia. O triunfo no Coliseu não é apenas pessoal: representa o amadurecimento de um projeto de formação que ganhou corpo nos últimos anos.
Se o primeiro confronto, ainda em 2012, capturou dois talentos brutos em ascensão, o reencontro de 2025 mostrou dois profissionais completos, um deles capaz de reescrever o passado com autoridade. Ítalo não venceu apenas a luta. Venceu a narrativa. E, ao fazer isso, consolidou um capítulo que Arapiraca esperou mais de uma década para aplaudir.
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