Está marcada a data do acerto de contas. No dia 4 de outubro de 2025, Alex Poatan volta ao octógono contra Magomed Ankalaev no UFC 320, em Las Vegas. O brasileiro buscará retomar o cinturão dos meio-pesados, perdido em março, quando o russo venceu por decisão unânime após cinco rounds equilibrados — 48-47, 48-47, 49-46. A luta principal da noite foi confirmada por Dana White, e promete ser mais que uma disputa por título: será um teste de nervos, tática e superação.

Na primeira luta, Poatan apostou em sua trocação característica, mas teve dificuldades para conter o jogo de pressão e controle territorial de Ankalaev. O russo não brilhou, mas foi cirúrgico: manteve distância segura, travou os chutes baixos de Alex e impôs domínio nos momentos-chave do combate. O paulista, apesar de ter encontrado bons golpes no início, ficou refém da leitura estratégica fria do rival. O cartel de ambos — Poatan com 9-2 no UFC, Ankalaev com 12 vitórias seguidas — escancara o equilíbrio técnico da revanche.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

Poatan já provou que sabe se reinventar — como fez ao migrar do kickboxing para o MMA e, em menos de três anos, conquistar dois cinturões. Mas agora, o desafio não é só físico: é emocional. Aos 37 anos, e após uma queda simbólica no início de 2025, o brasileiro precisa mostrar que não é apenas uma lenda de transição, mas um campeão capaz de retomar o topo. A preparação mental será tão importante quanto o camp físico, porque revanche exige mais do que potência: exige paciência e precisão.

Se vencer, Poatan poderá reescrever sua história num dos anos mais movimentados do UFC — em que nomes como Merab Dvalishvili e Tom Aspinall também tentam consolidar reinados. Do contrário, poderá ver seu ciclo como elite da divisão se encerrar antes da hora. E como se diz lá em Feira de Santana: "cavalo arriado não passa duas vezes". O momento é agora — e o octógono, mais uma vez, não perdoará hesitações.