Al-Nassr recua e dispensa Hancko após acerto fechado
Zagueiro chega à Áustria e é barrado no saguão do hotel
Um episódio no mínimo constrangedor marcou o início da pré-temporada do Al-Nassr na Áustria. O zagueiro eslovaco Dávid Hancko, de 27 anos, desembarcou no hotel onde o clube saudita está concentrado para dar início aos trabalhos de 2025/26, mas foi barrado ainda no saguão. Segundo o Feyenoord, clube ao qual Hancko pertence, tudo estava acertado há meses. Mas, ao se apresentar, o defensor foi informado que não era mais bem-vindo. A situação foi classificada como "escandalosa e inédita" por representantes do time holandês.
O desencontro expõe uma gestão amadora e, para dizer o mínimo, desrespeitosa por parte do Al-Nassr. Mesmo diante de um acordo entre todas as partes, o recuo de última hora — sem qualquer aviso formal — revela um clube refém de instabilidades internas. A chegada do técnico Jorge Jesus nesta temporada pode ter sido o gatilho para a mudança de planos, mas a falta de transparência na comunicação transforma o caso em mancha pública para um time que tenta se firmar no cenário internacional com mais que cifras e marketing.
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Se há algo que o futebol ensina é que planejamento não se improvisa. O caso Hancko se soma a outros episódios recentes que colocam a credibilidade do projeto saudita sob suspeita. Com o Al-Nassr buscando protagonismo global — ancorado em nomes como Cristiano Ronaldo e um investimento robusto —, não há espaço para atitudes que remetem ao improviso de clubes de várzea. O zagueiro, por sua vez, vê sua imagem exposta e sua pré-temporada comprometida por um erro que não foi seu.
A resposta do mercado deve vir com desconfiança. Jogadores e empresários tomarão nota. E enquanto Jorge Jesus lidera os treinos com sua tradicional "corridinha" europeia, a diretoria terá de correr para explicar o inexplicável. Porque, nesse caso, o que escandaliza não é a recusa — e sim a forma como ela foi feita. No futebol moderno, onde até batida de escanteio é monitorada por GPS, deixar um atleta com as malas na porta soa, no mínimo, como coisa de quem ainda não entendeu onde quer chegar.
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