Auckland enfrenta divisão de prêmio após Copa do Mundo
Clube semiamador vive impasse financeiro com entidades da Oceania
O Auckland City encerrou sua participação na Copa do Mundo de Clubes 2025 com um empate histórico diante do Boca Juniors, após ser goleado por Bayern de Munique e Benfica. A campanha rendeu ao clube da Nova Zelândia cerca de R$ 26 milhões em premiação, valor expressivo para uma equipe que mistura atletas e trabalhadores comuns. No entanto, o destino dessa quantia tornou-se um verdadeiro cabo de guerra entre o próprio clube, os jogadores e as confederações da Oceania, num impasse que parece longe de acabar.
Do ponto de vista técnico, o Auckland apresentou as fragilidades típicas de um time semiprofissional, especialmente diante das potências europeias. A goleada para o Bayern foi um atropelo anunciado, enquanto o empate com o Boca expôs uma equipe organizada defensivamente e capaz de competir com valentia quando joga dentro de suas limitações. O time se defendeu com a faca nos dentes e, na única escapada certa, carimbou o gol que garantiu o prêmio bônus. Uma estratégia de resistência que valeu mais do que o placar.
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Esse episódio ressoa de forma muito próxima ao que vivemos no futebol baiano, onde clubes como Atlético de Alagoinhas e Bahia de Feira se desdobram para manter as contas em dia e, não raro, comemoram premiações modestas como verdadeiros títulos. Assim como os nossos times do sertão, o Auckland representa a luta dos clubes periféricos por respeito e reconhecimento. O cenário lembra a velha máxima das rádios do interior: no campo da necessidade, cada moeda tem o peso de uma taça.
O futuro aponta para a necessidade urgente de revisão nas regras de distribuição das premiações da Fifa, sobretudo nos continentes considerados menores. É inadmissível que uma conquista esportiva, mesmo modesta, seja diluída a ponto de quase não beneficiar quem realmente suou a camisa. O Auckland merece ser lembrado não só pelo empate com o Boca, mas como símbolo de resistência de um futebol que sobrevive mais por paixão que por estrutura. E é bom que o mundo do futebol se debruce sobre isso antes que mais clubes fiquem pelo caminho.
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