Bahia celebra campanha inédita nas Paralimpíadas
Delegação supera limites e projeta salto em 2026
A delegação baiana encerrou a participação na décima quinta edição das Paralimpíadas Escolares com um desempenho histórico, resultado que sintetiza o avanço do estado no cenário nacional do paradesporto. Foram vinte e oito medalhas conquistadas em São Paulo, número superior a qualquer registro anterior e fruto do trabalho de vinte e sete jovens atletas que competiram em modalidades como atletismo, goalball, tênis de mesa, bocha e parabadminton. O evento reuniu mais de dois mil estudantes do país inteiro, o que reforça o peso do feito e o alcance da representação baiana ao longo de quase duas semanas de disputas.
A análise do rendimento confirma evolução técnica e organizacional. O estado ampliou estrutura de suporte, incorporou acompanhamento médico e fisioterapêutico e conseguiu unificar diferentes núcleos de formação em torno de um calendário mais consistente de preparação. O desempenho no atletismo chamou atenção pela variedade de conquistas, enquanto o tênis de mesa e o parabadminton revelaram talentos estreantes que responderam com maturidade competitiva. A bocha apresentou coesão tática, elemento que costuma distinguir delegações com trabalho continuado e planejamento detalhado. Tudo isso indica um salto qualitativo que deixa de ser episódico e passa a compor um processo.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
As consequências do crescimento aparecem tanto na ambição projetada para dois mil e vinte e seis quanto na expansão das políticas de inclusão esportiva. A meta oficial é levar cinquenta atletas à etapa nacional, número que exigirá ampliação de programas, fortalecimento de parcerias institucionais e continuidade do calendário de treinamentos. Os resultados também impulsionam municípios que participaram com atletas pela primeira vez, caso de Licínio de Almeida, que vê a trajetória de jovens como Ryan Aparecido repercutir na comunidade e estimular novas adesões. O impacto educacional se soma ao esportivo, criando caminho de longo prazo.
A leitura crítica aponta para um momento de virada. A Bahia deixou de atuar na lógica da participação e passou a ocupar espaço de protagonismo, ainda que em estágio inicial. O desafio agora é evitar dispersão, pois conquistas expressivas tendem a gerar expectativas desproporcionais quando não acompanhadas de planejamento sólido. O estado possui capital humano e institucional para consolidar essa evolução, mas dependerá de continuidade política e técnica. A campanha histórica em São Paulo é marco relevante, porém o verdadeiro teste será manter a curva ascendente e transformar potencial em estrutura permanente.
📱 Acesse o nosso site RadioGeral e TVGeral
📲 Nos acompanhe também nas redes sociais:
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.