O Benfica está a um passo de oficializar a contratação mais cara de sua história: Richard Ríos, meio-campista colombiano do Palmeiras, será vendido por 27 milhões de euros — valor que supera qualquer outro já pago pelo clube encarnado. A negociação, ainda sem anúncio formal, ultrapassa os €25 milhões investidos em Kokçu em 2023 e eleva o patamar de investimentos do futebol português em 2025. Com a venda, o Palmeiras iguala o maior negócio da história do futebol sul-americano envolvendo um jogador colombiano.

Em campo, Ríos é um jogador moldado para o futebol moderno. Combina força física, mobilidade e inteligência tática. Atuando como volante ou meia construtor, ele se destacou no Palmeiras desde sua chegada em 2023, sendo peça central na conquista do Brasileirão daquele ano. Seu perfil híbrido, de marcação intensa e saída qualificada, tornou-se cobiçado no mercado europeu, em especial após suas convocações para a seleção da Colômbia. Não à toa, Roma e outros clubes chegaram a sondar o atleta antes do Benfica selar o negócio.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

A aposta do Benfica se justifica — ainda que, nos bastidores, haja quem levante a sobrancelha. Investir cifras tão altas em um jogador sul-americano com menos de dois anos de destaque consistente é sempre um risco. Kokçu, por exemplo, saiu da Luz sem entregar o que prometia. Resta ao torcedor benfiquista torcer para que a história de Ríos não siga o mesmo roteiro. O colombiano tem talento, sim, mas o futebol europeu não costuma dar tempo para adaptação longa — e a pressão no Estádio da Luz cobra rápido.

Para o Palmeiras, a operação é estratégica. Com os cofres reforçados, o clube já mira nomes como Otávio, do Al-Nassr, para recompor o setor. Num mercado cada vez mais agressivo, vender bem é tão importante quanto montar bons elencos. A diretoria alviverde mostrou mais uma vez faro de negócio, mas terá que mostrar habilidade também no reposicionamento técnico da equipe. No futebol, como na vida, quem vende bem precisa comprar melhor. E, cá pra nós, como diria um velho repórter das gerais de Pituaçu, "dinheiro bom só resolve metade do problema".