Botafogo controla LDU e leva vantagem mínima para Quito
Artur marca aos 14 segundos e Alvinegro sustenta resultado com postura reativa
O Botafogo precisou de apenas 14 segundos para alterar o roteiro do primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores. No Nilton Santos, Artur aproveitou lançamento milimétrico de Alex Telles e garantiu a vitória por 1 a 0 sobre a LDU. O gol precoce mudou a dinâmica: o time de Davide Ancelotti recuou, alternando momentos de pressão alta com linhas compactas, enquanto os equatorianos assumiam maior volume ofensivo. A partida, diante de 37.131 torcedores, teve picos de intensidade, mas terminou com a vantagem brasileira intacta para o duelo decisivo em Quito.
Do ponto de vista tático, o Botafogo soube explorar o espaço deixado pelo adversário nos minutos iniciais, mas perdeu profundidade com o avanço das linhas equatorianas. A LDU acionou bastante os lados, buscando cruzamentos para Medina e Villamil, exigindo atenção constante de Barboza e David Ricardo. A fase defensiva carioca se manteve organizada, embora a posse de bola tenha pendido ligeiramente para os visitantes (53%). Na criação, o Alvinegro dependia de transições rápidas, sobretudo com Nathan Fernandes e Matheus Martins, e de bolas paradas com Alex Telles.
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O placar, ainda que magro, carrega peso estratégico. O empate no Equador basta para o Botafogo seguir na competição, mas a altitude de Quito e o histórico de dificuldades brasileiras no cenário andino impõem cuidados. Para a LDU, a missão é clara: aumentar a eficiência ofensiva e transformar domínio territorial em gols. A volta promete um jogo de paciência e resistência física, ingredientes que podem decidir a classificação.
É inegável que o Botafogo mostrou maturidade, mas também certa passividade após o gol — um risco que, contra rivais mais incisivos, pode custar caro. O mérito está em manter a solidez defensiva, mesmo sob pressão, e em demonstrar que o atual campeão não se intimida com partidas de xadrez tático. Ainda assim, seria prudente buscar mais iniciativa em Quito. Afinal, como se diz na beira do campo baiano, "quem não ataca, se complica".
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