A Fórmula 1, em 2025, vive um momento crucial de expansão global, e a aposta mais recente para conquistar novas plateias é o filme "F1 – O Filme", protagonizado por Brad Pitt. Com lançamento marcado para 26 de junho, a produção teve acesso inédito aos bastidores da categoria e conta com a consultoria técnica do heptacampeão Lewis Hamilton, garantindo autenticidade às cenas. A iniciativa surge em meio à crescente busca por diversificar o público, especialmente nos Estados Unidos, onde o esporte ainda luta por maior penetração.

Tecnicamente, o filme se destaca pela aplicação de câmeras instaladas nos carros e o uso de tecnologia de ponta, que colocam o espectador dentro do cockpit, em uma experiência imersiva até então inédita no cinema esportivo. A narrativa, que mistura drama e ação, valoriza detalhes precisos das corridas — do som dos motores à estratégia das ultrapassagens — refletindo o zelo dos consultores reais. Contudo, não faltam elementos hollywoodianos, como a volta fictícia de um piloto veterano para ajudar um novato, o que pode incomodar os puristas, mas serve ao propósito maior de popularizar o esporte.

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Na Bahia, terra de futebol, futebol e mais futebol, a F1 ainda é tratada como coadjuvante, mas movimentos como esse aproximam a modalidade do grande público nordestino, que já se encantou com séries como "Drive to Survive". Historicamente, o esporte a motor nunca teve a força regional do futebol baiano, nem de longe, mas este novo capítulo pode abrir portas para um entendimento mais amplo, levando o público daqui a torcer por um Hamilton ou Leclerc com a mesma paixão que se acompanha uma final do Baianão.

No tabuleiro de 2025, a produção hollywoodiana é um lance estratégico com certo risco: enquanto as coreografias de velocidade encantam, o exagero dramático pode afastar o fã raiz. Porém, considerando a necessidade premente da F1 em ampliar sua base de fãs, especialmente jovens e mulheres, esta iniciativa merece aplausos — ainda que de pé atrás. Aqui na terrinha, quem viveu a era do Senna sabe que o futuro do automobilismo também depende de inovação na forma de contar histórias. Que venha a velocidade da imagem para acelerar o interesse pelo esporte, com muito mais que fumaça no escapamento. 

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