A seleção brasileira masculina de vôlei encerrou a fase classificatória da Liga das Nações 2025 com campanha surpreendente: 11 vitórias em 12 jogos, liderança geral e um novo protagonismo em quadra. Após um ciclo olímpico decepcionante, que culminou com a ausência nas semifinais em Tóquio e Paris, o time comandado por Bernardinho agora mostra fôlego renovado. Sem os veteranos Bruninho, Lucão e Leal, coube à nova geração comandar o espetáculo — com Alan, Honorato e Maique à frente do elenco.

No aspecto técnico, a seleção enfim encontrou seu padrão de jogo. A derrota inicial para Cuba parecia prenunciar mais um ano sem brilho, mas o encaixe veio rápido. Honorato, antes conhecido apenas como um passador sólido, virou referência ofensiva. Alan, por sua vez, vive seu melhor momento desde 2019, sendo uma peça de segurança no ataque. Lucas Bergmann amadureceu, Judson virou titular incontestável no meio e o líbero Maique imprime alma ao time. Bernardinho, com sua conhecida exigência, deu identidade tática e estabilidade emocional a um grupo em transformação.

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É legítimo afirmar que este Brasil chega à fase final como favorito ao título — um cenário impensável três meses atrás. A última conquista da Liga foi em 2021 e, desde então, o time oscilou entre reformulações inconclusas e atuações pálidas. Agora, com Lucarelli podendo retornar na fase decisiva e uma base jovem que venceu grandes seleções na marra, o time reencontra não só o caminho das vitórias, mas algo ainda mais raro no esporte de alto nível: confiança coletiva.

Do alto desses 25 anos de estrada, digo sem receio: há muito tempo não se via um grupo tão "ajeitado" no vôlei masculino. O Brasil volta a ser Brasil — competitivo, vibrante e respeitado. E, cá entre nós, até o mais cético dos torcedores nordestinos diria, com um sorriso no canto da boca: "Rapaz, esse time tá jogando fino…"