A Seleção Brasileira Sub-15 voltou a fazer história em solo baiano ao conquistar, neste domingo (13), o tetracampeonato da Copa 2 de Julho, torneio reconhecido como a maior vitrine do país na categoria. Com um futebol de imposição técnica e mental, a equipe venceu o Ceará por 2 a 0 no Estádio de Pituaçu e encerrou a competição com campanha perfeita: oito vitórias, 48 gols marcados e apenas dois sofridos – estes, justamente na final. O destaque da partida foi o atacante José, autor de dois gols, e símbolo de uma geração que parece pronta para desafios ainda maiores.

Taticamente, o Brasil controlou o jogo do início ao fim. A marcação alta sufocou a saída adversária e forçou erros em sequência, mesmo diante de um Ceará organizado e dono da melhor defesa até então. O técnico Guilherme Dalla Déa posicionou bem suas linhas, encurtou espaços e liberou os laterais para criar superioridade pelos lados, enquanto Jean Carlos, eleito o craque da competição, flutuava entre as linhas com a calma de quem joga com a bola desde o berço. Foi um time que soube competir e encantar, combinando intensidade com inteligência – virtudes raras em grupos tão jovens.

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O feito tem ainda mais peso por ocorrer em 2025, ano de reestruturação nas categorias de base da CBF e de preparação para os torneios continentais do segundo semestre. O sucesso técnico também reforça a relevância da Copa 2 de Julho como campo fértil para os talentos do futuro. Não à toa, o único baiano convocado, David Fraga, emocionou-se ao levantar a taça "em casa", representando a nova safra nordestina que sonha alto – e com razão. A vitória do Brasil, além de justa, reaquece a expectativa por uma base que não apenas revela, mas já compete com identidade.

Se o torcedor brasileiro pode se dar ao luxo de projetar um futuro promissor, muito disso se deve a iniciativas como esta. A organização do torneio, conduzida com firmeza pela Sudesb e pela Federação Bahiana, transformou a competição num celeiro de sonhos, onde nomes como Jean Carlos, Vitor Gabriel e Carlos Eduardo começam a ganhar forma diante dos olhos atentos de olheiros e técnicos. Como diria um velho conhecido das rádios baianas, "é desse barro que se faz o craque". E em Pituaçu, nesse julho quente de 2025, o Brasil encontrou mais uma fornada.