Brasil sucumbe nos pênaltis e perde vaga na final
Seleção falha na sétima cobrança e Portugal avança
O Brasil encarou uma noite de nervos em Doha e novamente caminhou até o limite da resistência emocional em um Mundial Sub-17. Depois de um empate sem gols diante de Portugal, a equipe brasileira caiu na disputa por pênaltis pela segunda vez no torneio e perdeu a chance de disputar a final. A derrota interrompeu uma campanha marcada por resgates tardios e classificações dramáticas, agora convertida em frustração na véspera do jogo pelo terceiro lugar contra a Itália.
O duelo apresentou equilíbrio tático desde o início. Portugal controlou melhor a ocupação dos espaços médios e explorou a profundidade com Anísio Cabral, enquanto o Brasil apostou na mobilidade de Dell para acelerar ataques curtos. Faltou, no entanto, precisão na última bola. O desgaste acumulado pesou nas decisões e a equipe brasileira, desfalcada e limitada nas substituições, perdeu intensidade nos minutos finais da partida.
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A eliminação abre um debate interno sobre a capacidade da seleção de transformar competitividade em protagonismo. O Brasil sustentou regularidade defensiva, mas chegou às semifinais dependente de explosões individuais e de uma recorrente dose de resistência emocional. A disputa do terceiro lugar surge como oportunidade de encerrar o torneio com uma resposta competitiva, embora o impacto psicológico da queda seja inevitável.
No balanço final, a campanha deixa sinais mistos. A resiliência apareceu em vários momentos, mas a oscilação ofensiva e a dificuldade em controlar jogos de maior exigência técnica limitaram o potencial da equipe. A eliminação nos pênaltis, dura na forma e no simbolismo, reforça um ponto central. O Brasil ainda precisa consolidar um modelo que reduza a dependência de episódios dramáticos e se aproxime de performances estruturadas capazes de sustentar ambições maiores.
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