Brasileiros divergem sobre convocação de Neymar na Copa

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Brasileiros divergem sobre convocação de Neymar na Copa

Pesquisa mostra divisão intensa entre torcedores sobre futuro do craque

📷 Reprodução: X (Twitter) - IBZBLUE

A menos de um ano da Copa do Mundo de 2026, que acontecerá nos Estados Unidos, Canadá e México, o nome de Neymar volta a acender paixões e controvérsias em todo o Brasil. Pesquisa Datafolha revela que 48% da população defendem a convocação do atacante para o que seria seu quarto Mundial, enquanto 41% se posicionam contra essa possibilidade — um cenário de divisão que traduz o sentimento ambíguo da torcida brasileira em 2025. O levantamento, feito em 136 municípios com 2.004 entrevistados, evidencia também um viés geracional: os jovens apoiam a volta do craque em maior número, enquanto os mais velhos demonstram maior resistência.

Do ponto de vista técnico, o quadro é mais complexo. Neymar, apesar do talento incontestável que o colocou entre os grandes do futebol mundial, tem sido marcado por lesões recentes e oscilações de desempenho, especialmente após seu retorno ao futebol brasileiro pelo Santos em 2025. Além disso, o estilo de vida do jogador, muito exposto e por vezes controverso, junto a períodos de inatividade por problemas físicos, alimenta a dúvida sobre sua real capacidade de ser protagonista em uma competição de altíssimo nível. Para o técnico Carlo Ancelotti, as portas estão abertas, mas só a plena forma física deve garantir nova chance ao camisa 10.

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Na Bahia e no Nordeste, onde o futebol pulsa no ritmo das arquibancadas e das praças públicas, esse debate reflete um contexto mais amplo sobre renovação e respeito às tradições. Neymar ainda é lembrado com carinho por sua passagem pelo Santos, mas o torcedor do Pelourinho e da Cidade Alta observa com cautela essa insistência em figuras do passado, enquanto novos talentos locais batem à porta. Historicamente, nossa região é celeiro de atletas que, mesmo longe dos holofotes internacionais, carregam a raça e a garra que encantam o Brasil e o mundo. No meio dessa expectativa, a convocação do veterano revela um "deixa estar" que pode custar caro em 2026.

Olhando para 2025, fica claro que o futebol brasileiro atravessa uma encruzilhada: entre a saudade dos tempos áureos e a necessidade urgente de oxigenação e planejamento. Neymar simboliza esse dilema — estrela que iluminou e às vezes ofuscou o cenário, mas cujo protagonismo não pode se sobrepor à estratégia coletiva e à construção de um elenco renovado. Se a Seleção quiser avançar sem tropeços na próxima Copa, será preciso mais que carisma: gestão, foco e talento em sintonia, para que não voltemos a pagar caro pelo "quem não chora, não mama" do futebol. 

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Sexta, 27 Junho 2025

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