Calor castiga atletas e ameaça jogos da Copa Mundial

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Calor castiga atletas e ameaça jogos da Copa Mundial

Temperaturas elevadas forçam pausas e preocupam times e organizadores 

📷 Reprodução: X (Twitter) - TribunaSonora

As altas temperaturas durante a Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos vêm sendo um adversário implacável. Com jogos disputados sob mais de 30 °C e forte umidade, os atletas enfrentam uma sobrecarga física que ultrapassa o mero desconforto. Pausas médicas, desmaios e queixas de exaustão tornaram-se rotina nas últimas rodadas, enquanto os torcedores, sem estrutura adequada, também sofrem com os efeitos do calor intenso, situação que reacende o debate sobre planejamento e segurança nos grandes eventos esportivos.

Tecnicamente, o impacto do calor é profundo e atinge o âmago da performance. A sudorese excessiva leva à perda rápida de eletrólitos, afetando a força muscular, a resistência e, sobretudo, a capacidade de decisão dentro de campo. A mudança brusca de fuso horário e a necessidade de adaptação a novos horários de alimentação e treinamento só ampliam o quadro de estresse fisiológico. Como bem apontou o fisioterapeuta Diego Saik, o corpo sente quando a rotina vira de cabeça para baixo — ou, como se diz no sertão, quando o tempo aperta, até a sombra é quente.

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Historicamente, não é a primeira vez que o clima vira protagonista no futebol mundial. Torneios realizados em regiões quentes, como a Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, já enfrentaram situações semelhantes. Mas o que espanta, em pleno 2025, é a demora das entidades esportivas em tratar o calor como um adversário estratégico e não como um mero detalhe de logística. No Brasil, quem já viu a bola rolar em tardes escaldantes em Feira de Santana ou no interior do Piauí sabe bem que o sol não alivia para ninguém.

Se a FIFA e os organizadores locais não reavaliarem seus protocolos, corremos o risco de ver não apenas queda de rendimento, mas episódios graves que poderiam ser evitados. É preciso pensar além das pausas para hidratação: horários mais inteligentes, melhor estrutura para o público e protocolos de segurança mais rigorosos. O futebol, tão ágil para movimentar cifras, precisa ser ligeiro também para proteger quem joga e quem assiste. Afinal, jogo bonito não combina com socorro de urgência. 

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Quinta, 26 Junho 2025

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