CBF aposta em revolução com impedimento semiautomático
Sistema britânico promete precisão em um minuto, mas prazo é desafio
A CBF acelera as negociações para implementar no Brasileirão 2025 o sistema de impedimento semiautomático, já utilizado na Premier League. A tecnologia, desenvolvida pela britânica Genius, utiliza cerca de 30 iPhones instalados ao redor do estádio para gerar uma réplica digital da partida em 4K e identificar, com inteligência artificial, o momento exato do passe e a posição dos atletas. O chefe da Comissão de Arbitragem, Rodrigo Cintra, viajou a Londres nesta semana para observar o funcionamento do sistema e discutir ajustes técnicos.
O método inglês dispensa o uso de chip na bola e promete eficiência inédita: 97,8% de acerto nas decisões e respostas em até um minuto. A análise é feita enquanto os jogadores ainda comemoram o gol, permitindo revisões rápidas e imagens nítidas de cada frame. Na Premier League, o sistema já reduziu significativamente o tempo de checagem do VAR e vem sendo utilizado também para treinar assistentes, que recebem relatórios digitais sobre suas decisões.
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O desafio da CBF está no cronograma. A Genius estima quatro meses para instalar os equipamentos, treinar equipes e realizar testes antes do início oficial. Caso o acordo avance, os estádios brasileiros precisarão adaptar estruturas elétricas e de conectividade até janeiro, prazo considerado apertado. O projeto é visto como um marco modernizador, mas também como um teste de logística e comprometimento institucional.
A adoção do impedimento semiautomático representa mais do que uma evolução tecnológica. É um passo simbólico na tentativa de profissionalizar a arbitragem nacional e recuperar a confiança do torcedor em um campeonato cada vez mais vigiado. A precisão das câmeras e a agilidade das decisões podem corrigir distorções históricas, mas só terão impacto real se vierem acompanhadas de transparência, treinamento e coragem para aplicar a tecnologia com independência.
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