Duelo contra Croácia põe à prova destaques do Brasil que estreiam em Copa do Mundo

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Duelo contra Croácia põe à prova destaques do Brasil que estreiam em Copa do Mundo

O favoritismo é grande para a Canarinho, mas o duelo será contra os atuais vice-campeões

Crédito: Divulgação

Finalmente vai 'começar' a Copa do Mundo para a Seleção Brasileira. A única camisa que participou de todas as edições do torneio costuma chegar às quartas de final e dessa vez terá a Croácia pela frente. Não tem como esconder que o favoritismo é grande para a Canarinho, mas o duelo será contra os atuais vice-campeões e o histórico recente não é favorável diante de europeus. Para a partida, esses obstáculos fora de campo não devem atrapalhar, já que os ventos da mudança sopraram para o time de Tite e os responsáveis pelo elogiado ataque são jovens estreantes em Copas. O quarteto 'juvenil' formado por Paquetá, Raphinha, Richarlison e Vinicius Júnior entrará sem dívidas com o passado.

O Estádio da Cidade da Educação vai receber o confronto nesta sexta-feira, às 12h (da Bahia), e o torcedor espera que o desempenho brasileiro seja uma aula para cima dos Ardentes. Nesse caso, olhar para o passado é se deparar com um histórico desanimador. Em 2006, 2010 e 2018 o Brasil foi eliminado justamente nessa fase, para três europeus. Além disso, o plantel de Tite estará diante da atual vice-campeã do mundo, que só foi derrotada pela França há quatro anos. Por outro lado, se é para falar do que já passou, a Canarinho nunca foi derrotada pela Croácia na história. São dois empates e três triunfos, sendo que a verde e amarela saiu por cima nas Copas de 2006 e 2014.

Felizmente, quem vive de passado é museu e a Seleção Brasileira tem muito mais a oferecer no elenco que foi para o Qatar. Se o mundo se surpreendeu com a convocação de nove atacantes, isso foi só mais um atestado de como o ciclo que começou na Rússia deu certo. Para 2022, a renovação ofensiva do Brasil foi uma das mais bem-sucedidas da sua extensa história. Não é preciso muito esforço, é só parar e observar. Dentre os titulares, Paquetá, Raphinha, Richarlison e Vini Jr não estiveram na Copa de 2018. Com exceção de Neymar, todo o ataque foi substituído. Isso sem nem levar em conta as opções do banco.

A média de idade desse quarteto é de pouco mais de 24 anos, o que demonstra a ótima safra de jogadores jovens e a boa captação da Seleção Brasileira para utilizá-los. No pentacampeonato, em 2002, eles ainda eram jovens demais para entender direito o que havia acontecido, mas agora cada um deles tem a chance de repetir aquele cenário. Como se fosse a cereja do bolo, os substitutos diretos dos pontas são Antony e Martinelli, dois outros jovens que têm entrado cada vez mais.

O mais novo entre os titulares, Vini Jr chegou até a comentar sobre a felicidade de erguer tantas taças mesmo tão novo. "Fico muito feliz de ter alcançado as metas que coloquei na minha vida, e com apenas 22 anos. Quero seguir todo o trabalho que venho fazendo até aqui para chegar neste momento, tenho os melhores jogadores ao meu lado, na Seleção e no Real. Se Deus quiser, até dia 18 colocamos mais um na lista, e depois tentar ganhar tudo outra vez", disse o atacante em entrevista coletiva.

Em questão de comparação, o meio campo titular da Croácia, setor mais forte da equipe, possui uma média de 31 anos de idade. Luka Modric, eleito melhor do mundo em 2018 e principal peça do elenco, já está com seus 37 anos, apesar de manter um bom nível no Real Madrid. E se a idade não atrapalhou tanto os Ardentes até aqui, o cansaço acumulado pode bater na porta nesta sexta-feira. Enquanto o Brasil goleou a Coreia do Sul com tranquilidade, a equipe de Zlatko Dalic já passou por uma prorrogação e uma disputa por pênaltis.

Mais que Modric

Sem dúvidas, Luka Modric é o cara a se prestar atenção na Croácia. O embate a seguir, inclusive, vai trazer o reencontro entre ele e seus atuais companheiros de Real Madrid, Vinicius Júnior e Rodrygo. Porém, não há seleção que possa chegar às quartas de final da Copa do Mundo com o brilho de somente um jogador. Os Ardentes também têm Brozovic, Kovacic e Perisic, todos atletas que brilham em grandes clubes europeus. Mesmo assim, o técnico Zlatko Dalic até subestima o elenco.

"Na Copa do Mundo de 2018, nós tínhamos atacantes da Juventus, do Milan. Agora nós temos atacantes do Dínamo Zagreb e do Hajduk Split", disse em entrevista coletiva. É claro que essa foi uma 'provocação saudável' para os jogadores que estão surgindo, porém, o fato é que a Croácia, como já era natural se esperar, não conseguiu repor toda a força que apresentava há quatro anos e ainda sofre com o envelhecimento os seus principais atletas.

Nesse contexto, a pressão cai ainda mais nos ombros do meia madrilhenho, mas há outra arma que pode ajudar. Até aqui, Marrocos tem a melhor defesa do Mundial, tendo levado somente um gol. Em segundo lugar estão Croácia e Brasil, que levaram dois tentos. Se Marquinhos e Thiago Silva trazem segurança aos torcedores, o experiente Lovren e um dos grandes destaques do torneio, o zagueiro Gvardiol, também fazem bem seu papel.

Assim, por mais que os ataques ganhem grande destaque, Brasil x Croácia poderá ser um confronto decidido por quem tem a defesa mais segura. 

 

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Quinta, 28 Março 2024

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