Federações tentam barrar trans no esporte

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Federações tentam barrar trans no esporte

Com regras mais rígidas, entidades buscam proteger a justiça das competições femininas

📷 Reprodução: X (Twitter) - saskiaflow_

Nos últimos anos, o debate sobre a inclusão de atletas trans no esporte, especialmente em categorias femininas, ganhou destaque, e as federações internacionais, finalmente, estão reagindo. Com regulamentos mais rigorosos, esportes como atletismo, natação e ciclismo vêm buscando restabelecer a justiça nas competições. A medida, embora controversa para alguns, é absolutamente necessária.

A exigência de que a transição ocorra antes da puberdade masculina pode parecer extrema, mas ela está fundamentada em um princípio irrefutável: as mudanças fisiológicas decorrentes da puberdade masculina — como o aumento da densidade óssea, a maior massa muscular e a capacidade pulmonar — geram vantagens físicas que permanecem mesmo após a redução dos níveis de testosterona. Não importa o quanto os bloqueadores hormonais possam reduzir esses efeitos, a base biológica do corpo masculino não pode ser apagada de forma tão simples.

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O argumento de que a testosterona deve ser o único critério para permitir a participação de mulheres trans nos esportes femininos tem sido refutado por diversos especialistas, que afirmam que performance não se resume a hormônios. O corpo formado durante a puberdade masculina mantém, por exemplo, uma capacidade cardiovascular superior, além de uma estrutura óssea mais robusta, que traz um desempenho desproporcional, mesmo após a transição. O caso de Tifanny Abreu, no vôlei brasileiro, ilustra perfeitamente essa questão. A jogadora, que já competia em ligas masculinas antes da transição, gerou uma grande controvérsia pela sua performance destacada nas competições femininas. Sua presença em quadra levantou sérias dúvidas sobre a equidade nas disputas, uma vez que sua constituição física, mantida pela puberdade masculina, dava-lhe uma vantagem indiscutível.

Em outros esportes, como o ciclismo, o debate se acirra ainda mais. Atletas como a ciclista trans canadense Rachel McKinnon, que venceu campeonatos mundiais em sua categoria, têm sido alvo de críticas por suas vitórias diante de adversárias cisgênero. O que se observa é que a inclusão sem critérios rigorosos pode ser desleal com as mulheres, que, ao competirem em uma categoria destinada a elas, deveriam ter a mesma base fisiológica para o embate.

Os casos são cada vez mais frequentes, e a resposta das federações é clara: é preciso preservar a integridade das competições femininas e garantir um campo de jogo justo para todas as atletas. O esporte é um reflexo da vida real, e a realidade biológica não pode ser ignorada em nome de uma inclusão que, ao invés de equilibrar as oportunidades, acaba por desrespeitar a equidade natural das disputas. Em nome do bom senso, as regras devem se basear na verdade biológica, para que, no fim, todas as atletas possam competir em igualdade de condições. 


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Terça, 13 Mai 2025

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