O Flamengo se mexe forte na janela de julho e está por detalhes de anunciar Saúl Ñíguez, 30 anos, meio-campista espanhol que rescindiu com o Atlético de Madrid. O jogador, que recentemente rejeitou acerto com o Trabzonspor, tem histórico de peso: 340 jogos pelos colchoneros, passagem pelo Chelsea e vínculo próximo com Filipe Luís, técnico rubro-negro e ex-companheiro de clube. A informação foi confirmada pelo ge após apuração inicial do jornalista Fabrizio Romano. Com ele, o Flamengo tenta selar sua primeira contratação na atual janela.

Tecnicamente, trata-se de uma aposta em versatilidade e experiência. Saúl, revelado no próprio Atlético, já atuou como volante, meia e até lateral em momentos sob o comando de Simeone. Seu vigor físico, leitura tática e bom passe o tornaram peça-chave em campanhas marcantes do time espanhol, ainda que sua produtividade ofensiva tenha caído nas últimas temporadas — no Sevilla, por exemplo, somou apenas um gol e seis assistências em 26 partidas. No esquema de Filipe Luís, pode encaixar como interior num 4-3-3, oferecendo equilíbrio e cobertura.

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A movimentação da diretoria, embora ambiciosa, exige cuidado. Saúl não vive o auge técnico desde 2020 e chega de um futebol europeu em queda de minutos e protagonismo. É preciso entender se sua vinda é reposição ou reforço — e se o Flamengo terá estrutura para reintegrá-lo a um ritmo competitivo alto. Dito isso, a sinergia com o treinador e a possibilidade de reencontro com o melhor de si em solo sul-americano tornam a aposta justificada. É o tipo de contratação que separa o pragmático do ousado.

No cenário atual de 2025, em que o mercado brasileiro ganhou lastro financeiro e atratividade internacional, o Flamengo mais uma vez dá sinais de que não pretende ficar em segundo plano. A torcida, acostumada com grandes nomes, espera mais que currículo: quer entrega. E como se diz por aqui no tabuleiro da Gávea, quem veste esse manto tem que saber que a régua é alta — até para um espanhol de berço rojiblanco.