Flamengo massacra Vitória e estabelece maior goleada dos pontos corridos
Triunfo por 8 a 0 reforça domínio rubro-negro e fragilidade baiana extrema
O Maracanã testemunhou nesta segunda-feira uma noite que entrará na enciclopédia do futebol nacional. O Flamengo atropelou o Vitória por 8 a 0 e estabeleceu a maior goleada da era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro. A equipe de Filipe Luís chegou aos 46 pontos em 20 rodadas, consolidando a liderança. Pedro marcou três vezes e superou a marca de 100 gols no estádio, enquanto Samuel Lino viveu atuação de gala com dois tentos e participação direta em outras construções ofensivas. O Vitória, atônito, sofreu o peso histórico do placar diante de mais de 60 mil torcedores.
A diferença não se mediu apenas em gols, mas em concepção de jogo. O Flamengo exerceu intensidade desmedida desde os primeiros segundos, transformando a saída de bola do Vitória em armadilha permanente. Com 698 passes certos contra apenas 264 do adversário, o time carioca dominou o ritmo como quem dita uma partitura conhecida. A defesa pernambucana se mostrou estática diante das diagonais de Lino e das infiltrações de Arrascaeta, enquanto Pedro alternava entre pivô e finalizador. O Vitória, afundado num 4-4-2 engessado, foi incapaz de compactar linhas ou ao menos interromper a fluidez rubro-negra.
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As consequências se projetam de forma distinta. Para o Flamengo, o resultado amplia o favoritismo rumo ao título e acirra a disputa estatística com campanhas históricas de 2019 e 2020, agora superadas em média de gols. Para o Vitória, a derrota não apenas compromete o saldo, mas agrava a já delicada luta contra o rebaixamento: com 19 pontos em 21 jogos, a margem de recuperação torna-se quase acadêmica. A goleada não é só um tropeço; é um alerta de que a permanência exige mais do que ajustes pontuais, pede reconstrução imediata.
O olhar crítico impõe-se. O Flamengo tem virtudes coletivas raras e um elenco cuja profundidade permite luxo e crueldade em doses iguais. Ainda assim, a noite histórica não deve encobrir o abismo competitivo que cresce no Brasileiro de 2025. A disparidade entre projetos sólidos e clubes sem estrutura mínima ameaça transformar a tabela em desfile previsível. O Vitória foi apenas a vítima mais recente de uma engrenagem perfeita, mas a lição ultrapassa o placar: sem gestão séria e atualização tática, alguns times não jogam contra o Flamengo, apenas sobrevivem até o apito final.
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