O Fluminense venceu o Internacional por 2 a 1 nesta quarta-feira (30), em Porto Alegre, e saiu na frente no confronto das oitavas de final da Copa do Brasil 2025. Em noite de retomada pessoal e eficiência coletiva, Everaldo marcou duas vezes ainda no primeiro tempo e garantiu ao time carioca a vantagem do empate para a partida de volta, na próxima quarta-feira (6), no Maracanã. O gol colorado, anotado por Carbonero, manteve a eliminatória em aberto, mas não apagou a frustração dos torcedores gaúchos diante de um time que novamente oscilou defensivamente.

O duelo foi marcado por contrastes técnicos e psicológicos. O Inter, com Alan Patrick e Enner Valencia em jornada discreta, iniciou melhor, mas sucumbiu à transição veloz do Fluminense, que explorou com inteligência os lados do campo, sobretudo pelo setor de Guga e Serna. Aos 19 minutos, Everaldo aproveitou bom cruzamento de Serna para abrir o placar. Dez minutos depois, repetiu a dose em jogada parecida — o camisa 9 encerrou jejum de 13 jogos, um dado que resumia sua fase até então. A equipe de Renato Gaúcho respondeu com Carbonero no fim da etapa inicial, mas teve dificuldade para manter o ímpeto no segundo tempo. A entrada de Bruno Henrique deu fôlego, mas o time carioca administrou a vantagem com maturidade, mesmo sob pressão.

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O placar amplia a responsabilidade do Internacional, que terá de vencer no Rio por dois gols de diferença ou devolver o 2 a 1 para levar a decisão aos pênaltis. Diante de um Fluminense com mais identidade tática e jogadores experientes em mata-mata — casos de Ganso, Thiago Silva e o próprio Fábio —, a missão do Colorado se torna mais delicada. Para o time de Roger Machado, a vitória fora de casa é mais do que um resultado circunstancial: sinaliza recuperação em meio a críticas após a queda precoce no Mundial de Clubes e atuações irregulares no Brasileirão. A instabilidade defensiva ainda preocupa, mas o desempenho coletivo no Beira-Rio indica que o grupo reagiu a tempo.

A performance tricolor em Porto Alegre carrega um simbolismo que vai além do placar. Everaldo, criticado por falta de agressividade na área, respondeu da única forma que realmente convence: com gols. O técnico Roger, que vinha sendo cobrado por falta de ambição em jogos decisivos, foi assertivo ao montar um time compacto, vertical e emocionalmente pronto para suportar os altos e baixos de um mata-mata fora de casa. O Inter, por outro lado, parece ainda buscar sua versão 2025. Há qualidade no elenco, sim, mas também uma sensação incômoda de que o time estacionou no tempo — e como bem se diz por aqui, quem para no meio da ladeira acaba descendo de costas.