Futebol palestino sofre perdas duras e destruição intensa

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Futebol palestino sofre perdas duras e destruição intensa

Jogador morre em Gaza e guerra destrói instalações esportivas 

📷 Reprodução: X (Twitter) - CR_74_

No campo de refugiados de Al-Maghazi, em Gaza, o futebol perdeu um de seus jovens talentos, Muhannad Al-Laili, vítima direta do conflito que assola a região. O jogador do Khadamat Al Maghazi faleceu após um ataque aéreo israelense atingir sua residência, deixando uma família enlutada e uma comunidade esportiva em choque. Desde outubro de 2023, a guerra ceifou a vida de cerca de 265 atletas palestinos, enquanto centenas de espaços esportivos foram destruídos, afetando brutalmente a prática e o desenvolvimento do esporte local.

Tecnicamente, a situação é desoladora. Com campos e centros de treinamento reduzidos a escombros, o futebol na Palestina enfrenta um cenário quase impossível para o desenvolvimento de atletas e competições organizadas. A falta de infraestrutura, somada à constante insegurança, compromete o treinamento, a formação e até a simples prática esportiva. Sob essa tormenta, sobreviver às adversidades virou habilidade tanto dentro quanto fora das quatro linhas — o que exige resiliência extraordinária de jogadores e dirigentes.

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O impacto dessa crise reverbera distante do Oriente Médio e remete a épocas em que o esporte, em outras regiões conflagradas, lutou para se manter vivo sob o peso da guerra e da segregação. Assim como o futebol nordestino já enfrentou tempos de escassez e pouco apoio, a situação palestina desnuda o quanto o esporte pode ser expressão máxima da esperança e resistência humana, mesmo quando a bola quase não rola — coisa que, no Sertão da Bahia, sabemos bem o que significa.

Em 2025, enquanto muitos ainda comemoram avanços e investimentos no futebol de base por aqui, a Palestina enfrenta um cruel paradoxo: o jogo segue vivo, mas os riscos à vida e à infraestrutura colocam em xeque o futuro de toda uma geração de atletas. A comunidade esportiva internacional deve ampliar sua solidariedade para além da mera palavra — não apenas lamentar, mas apoiar com recursos, visibilidade e políticas efetivas que mantenham o futebol como um direito humano, inclusive em cenários de conflito. Afinal, a bola só gira plenamente onde há paz para correr atrás dela. 

 

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Sexta, 04 Julho 2025

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