Gabigol, hoje no comando de ataque do Cruzeiro, sacudiu o noticiário esportivo ao projetar um futuro ousado para a equipe celeste. Em entrevista ao podcast "Podpah", o atacante cravou que o Bayern de Munique, Real Madrid, Manchester City e PSG estão um degrau acima no futebol mundial, mas não deixou de alfinetar: "o resto dá jogo". O camisa 99 ainda reforçou a crença no "processo" que pode levar o Cruzeiro ao Mundial de Clubes de 2029, num cenário onde o futebol brasileiro busca se reinventar após campanhas tímidas nas últimas edições.

A análise de Gabigol, mesmo embalada por um certo entusiasmo, traz um traço realista sobre as diferenças técnicas gritantes entre a elite europeia e o restante do mundo. O Cruzeiro, que vem consolidando seu projeto sob gestão reestruturada e investimentos estratégicos, ainda precisa robustecer seu elenco e maturar seu jogo coletivo para almejar o topo. O Mundial de Clubes, no formato atual, exige padrão físico e mental que, cá entre nós, ainda é desafio para boa parte dos times brasileiros.

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Quando olhamos para Minas e para o histórico recente, é impossível não lembrar das glórias do Atlético Mineiro em 2013 ou da jornada do próprio Cruzeiro na Libertadores de 2018. Mas o futebol mineiro, nesse compasso, busca um renascimento que conecte o presente ao que já se viveu de grandioso. Enquanto o Flamengo amarga eliminações precoces, a fala de Gabigol agora ecoa em um terreiro novo, com a Raposa tentando dar o salto.

Com a experiência de quem já enfrentou gigantes e sentiu o peso de decisões internacionais, Gabigol sabe que discurso bonito precisa se amarrar com entrega diária. Projetar 2029 é legítimo, mas para não virar conversa de beira de calçada, o Cruzeiro precisará acelerar o passo, evitar o tropeço miudinho e entender que, no futebol de hoje, "processo" sem resultado não segura a massa nem por três rodadas.