O Mundial de Clubes 2025 entrou para a história como o primeiro com quatro artilheiros empatados (4 gols cada), mas coube ao espanhol Gonzalo García, do Real Madrid, levar o troféu único. O desempate veio por assistências – ele deu um passe para gol contra o Pachuca, detalhe que selou a decisão. Números frios: 450 minutos em campo, eficiência de 0,89 gol por jogo e 83% de passes certos no torneio, segundo a FIFA.

Tecnicamente, García se destacou pela mobilidade. Enquanto Di María (Benfica) atuou mais aberto pela direita e Guirassy (Dortmund) foi referência fixa na área, o madridista alternou entre pivô e sombra de Vinícius Junior, criando jogadas imprevisíveis. Seu gol contra o Flamengo, de calcanhar na pequena área, sintetizou essa versatilidadade – algo que Marcos Leonardo (Al-Hilal), mais puro sangue na definição, não exibiu.

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A escolha, porém, reacende o debate: critérios técnicos devem valer mais que estatísticas? García foi decisivo, mas Di María, com gols em mata-matas e menos minutos (373), teve impacto equivalente. A FIFA optou pela burocracia, mas o torcedor sabe – como se diz na Bahia – que "campeão de papel não levanta taça". O espanhol tem o mérito, mas a sombra da discussão ficará.

No fim, o torneio consagrou a nova geração: García (21 anos), Palmer (melhor jogador, 22) e Doué (jovem da competição, 20) mostram que o futebol pós-Messi e Cristiano Ronaldo já tem donos. Resta saber se serão efêmeros crias da estatística ou legítimos herdeiros. O Mundial deu a primeira resposta.