Gêmeos dividem sonho em lados opostos do Ba-Vi
Final sub quinze coloca irmãos em rota inevitável
João Gabriel e João Victor decidirão o Baianão Sub quinze de 2025 como protagonistas de uma história que extrapola a lógica da rivalidade. Os gêmeos, nascidos em 2010 e formados juntos desde os quatro anos, trilharam o mesmo caminho até o momento em que apenas um permaneceu no Bahia. A dispensa de João Gabriel, em 2024, abriu uma ferida emocional na família e representou a primeira ruptura concreta entre dois atletas acostumados a compartilhar treinos, metas e rotina. Pouco depois, o Vitória ofereceu ao zagueiro a oportunidade de seguir no processo de formação.
A evolução paralela dos irmãos revela trajetórias complementares e não conflitantes. João Victor seguiu no Bahia com regularidade, enquanto João Gabriel se consolidou no Vitória após um período de adaptação que testou confiança e maturidade. Ambos cresceram fisicamente e tecnicamente, já alcançam um metro e oitenta e um de altura e mantêm características semelhantes de imposição e leitura de jogo. O contraste está no ambiente competitivo, influenciado por metodologias distintas de captação, exigência e avaliação ao longo do ciclo decisivo do Sub quinze.
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O duelo desta sexta feira em Pituaçu, às dezesseis horas, tem impacto direto no futuro imediato da dupla. O Bahia chega com vantagem após vencer por um a zero a primeira partida, detalhe que obriga João Gabriel e o Vitória a assumir postura mais agressiva na busca pela reversão. Uma atuação de destaque pode acelerar ascensão interna e elevar o nível de visibilidade de cada um dentro de suas categorias. A final funciona como vitrine e laboratório emocional para jovens que lidam com pressão precoce e responsabilidades crescentes.
A história dos irmãos sintetiza a complexidade da formação no futebol brasileiro. O sistema costuma separar antes de unir e força decisões que amadurecem atletas muito cedo. João Gabriel e João Victor respondem com disciplina e cumplicidade, mesmo que em clubes rivais. O clássico no Sub quinze é capítulo simbólico, mas não define a relação dos dois. O que definirá, de fato, será a capacidade de cada um de transformar obstáculo em estrutura e rivalidade em combustível para um futuro que ainda se abre em múltiplas direções.
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