Justiça espanhola condena Ancelotti por fraude fiscal

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Justiça espanhola condena Ancelotti por fraude fiscal

Treinador do Brasil recebe pena simbólica por sonegação em 2014 

📷 Reprodução: X (Twitter) - MrAncelotti

O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado a um ano de prisão por fraude fiscal na Espanha. A sentença foi confirmada nesta quarta-feira (9), e se refere ao não pagamento de tributos sobre receitas de direitos de imagem durante sua primeira passagem pelo Real Madrid, em 2014. Embora a pena, na prática, não leve o treinador à cadeia — já que a lei espanhola permite suspensão de sentenças inferiores a dois anos para réus primários —, o episódio gera incômodo institucional à CBF, que o apresentou oficialmente como comandante da Canarinho em maio deste ano, após longa negociação.

Do ponto de vista jurídico, trata-se de um caso relativamente comum entre figuras do alto escalão esportivo na Espanha, onde o Fisco tem se mostrado implacável com atletas e treinadores estrangeiros desde os anos 2010. Ainda assim, há impacto simbólico relevante. Ancelotti, até então preservado de polêmicas fora de campo, agora carrega uma mancha na biografia — mesmo que menor em termos penais, é expressiva na esfera pública. A defesa sustenta que houve má orientação contratual na época e que o valor em questão já foi integralmente quitado, o que não impediu o tribunal de formalizar a condenação.

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No plano da seleção, o episódio surge num momento de reconstrução. O técnico italiano recém-assumiu o comando com a missão de resgatar o protagonismo do Brasil após uma Copa do Mundo decepcionante e o vice-campeonato da Copa América de 2024. Seu currículo fala alto — são quatro Champions League e passagens por gigantes como Milan, Chelsea, PSG e o próprio Real Madrid —, mas o extracampo sempre pesa no vestiário verde-amarelo, especialmente quando o técnico vem de fora e ainda busca legitimação emocional junto ao torcedor brasileiro.

Se a condenação não impede Ancelotti de seguir no cargo, tampouco pode ser ignorada. O torcedor brasileiro é exigente e, como se diz por aqui, "não compra gato por lebre". A CBF terá que blindar o ambiente e garantir que o foco permaneça no gramado. Afinal, o que se espera de um comandante da seleção pentacampeã do mundo é mais que currículo: é postura. E se o futebol é feito de imagem e resultado, qualquer arranhão fora de hora pode virar manchete — ainda mais em tempos de redes sociais e memória curta.

 

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