Otávio recebe fortuna e trava retorno ao futebol brasileiro
Meia luso-brasileiro fatura R$7 milhões mensais no Al-Nassr
Aos 30 anos, Otávio vive um impasse milionário no Al-Nassr, da Arábia Saudita. Fora dos planos do técnico Jorge Jesus para a temporada 2025/26, o meia naturalizado português segue recebendo um salário de fazer corar até petroleiro: R$84,5 milhões por ano, ou cerca de R$7 milhões mensais, segundo o Capology. Mesmo com bons números — 84 jogos, 12 gols e 15 assistências —, foi deixado de fora da pré-temporada, num claro sinal de que a barca árabe está reduzindo tripulação.
Dentro de campo, Otávio ainda entrega — e muito. É um meia associativo, de boa leitura e capacidade criativa. Mas o peso da folha salarial e a limitação no número de estrangeiros levaram Jorge Jesus a priorizar nomes com maior impacto físico e tático. O Palmeiras, que perdeu Richard Ríos para o Benfica, até ensaiou um interesse, mas a realidade financeira brasileira não compete com o que Otávio ganha em uma semana lá fora.
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O que se desenha é um dilema clássico: um jogador útil, mas caro demais para o padrão nacional e desinteressante para o próprio clube. Clubes sauditas como Al-Ahli e Al-Qadisiyah já sondam o atleta, e um novo ciclo no Golfo Pérsico parece mais plausível que qualquer volta ao Brasil. Mesmo com valor de mercado estimado em €15 milhões, o salário ainda é o verdadeiro entrave — e, convenhamos, não é qualquer um que topa trocar o luxo do deserto por ares mais modestos.
Dito isso, o caso Otávio escancara o abismo entre mercados em 2025. É um exemplo cristalino de como o futebol brasileiro se tornou mais formador e vendedor do que repatriador. O meia que um dia sonhou ser ídolo por aqui hoje é estrela decorativa num time de estrelas, aprisionado pelo próprio sucesso financeiro. Como se diz por essas bandas, tem jogador que vira refém da conta bancária — e escapar, meu amigo, não é tão simples quanto parece.
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